18/06/2021, 18h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Carta Branca a Augusto M. Seabra
Una Donna Libera
de Vittorio Cottafavi
com Françoise Christophe, Pierre Cressoy, Christine Carère, Elisa Cegani, Gino Cervi
Itália, França, 1954 - 93 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Gérard abandona Danièle, que casa com outro homem e o deixa, para procurar de novo Gérard. Quando a sua mãe morre, Danièle apercebe-se de que a sua jovem irmã foi seduzida por Gérard. Decide então poupar a irmã aos erros por si próprios cometidos, acabando com a vida de Gérard. Tais são as linhas com que Cottafavi cose este drama de 1954, a partir de um romance de Milena Sandor. Na Cinemateca foi mostrado uma única vez, em 2008.
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21/06/2021, 19h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Carta Branca a Augusto M. Seabra
The Ister
de David Barison, Daniel Ross
com Philippe Lacoue-Labarthe, Jean-Luc Nancy, Bernard Stiegler, Hans-Jürgen Syberberg
Austrália, 2004 - 189 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Dois estudantes de filosofia filmam uma viagem, realizada ao longo do rio Danúbio, com o intuito de aprofundar – questionando para criticar e atualizar – o pensamento de Martin Heidegger, que jurou fidelidade ao Nacional Socialismo em 1933. Na base está uma palestra dada pelo autor de
O Ser e o Tempo, em 1942, sobre o poeta Friedrich Hölderlin, conferindo especial atenção ao seu poema
O Istro. Trata-se de uma descida ao coração ferido da Europa e ao pensamento filosófico contemporâneo, destacando-se, entre a elite pensante, o cineasta alemão Hans-Jürgen Syberberg, autor do monumental “HITLER – UM FILME DA ALEMANHA”. Primeira apresentação na Cinemateca.
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25/06/2021, 17h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Carta Branca a Augusto M. Seabra
Bayan Ko: Kapit Sa Patalin
“Meu País: No fio da Lãmina”
de Lino Brocka
com Phillip Salvador, Gina Alajar, Venchito Galvez
Filipinas, 1984 - 110 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Sessão apresentada por Augusto M. Seabra
Realizador politicamente engajado, firme opositor do governo de Ferdinand Marcos, Lino Brocka viu o seu passaporte ser confiscado e o seu filme censurado depois de regressar do Festival de Cannes, onde apresentou BAYAN KO e se insurgiu publicamente contra o regime então em vigor nas Filipinas. A história centra-se num trabalhador que, para garantir um futuro a si e à mulher grávida, aceita abdicar de alguns dos seus direitos, vendo, posteriormente, a vida virada do avesso. O problema do protagonista, como sublinhou Brocka revendo-se na
via crucis da sua personagem, foi ter seguido um interesse estritamente individual, sem se aperceber do problema maior que afligia a sociedade filipina como um todo. Primeira apresentação na Cinemateca. A exibir em cópia digital.
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25/06/2021, 20h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Carta Branca a Augusto M. Seabra
Pyaasa
“Sedento”
de Guru Dutt
com Guru Dutt, Mala Sinha, Johnny Walker
Índia, 1957 - 142 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Sessão apresentada por Augusto M. Seabra
A par de Ritwik Ghatak, Guru Dutt foi uma das maiores revelações da Cinemateca, pouco depois da sua redescoberta no Ocidente, corria o ano de 1986. Foi essa a data de um primeiro grande Ciclo de Cinema Indiano, a que a Cinemateca regressaria em 1998, quando publicou o catálogo
Cinemas da Índia. Obra-prima de Guru Dutt, PYAASA foi também o seu maior êxito de público. A história centra-se na vida de um poeta explorado por um editor sem escrúpulos e ajudado por uma prostituta apaixonada por ele e pela sua poesia. A personagem de Vijay é interpretada pelo próprio Guru Dutt. A música é de S.D. Burman, e conta ainda com as participações de Sahir Ludhianvi, Geeta Dutt e Mohammed Rafi. Um dos mais líricos melodramas musicais do cinema clássico indiano. A apresentar em cópia digital.
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28/06/2021, 20h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Carta Branca a Augusto M. Seabra
Meghe Dhaka Tara
“Estrela Escondida”
de Ritwik Ghatak
com Supriya Choudhury, Anil, Chaterjee, Gyanesh Mukherjee
Índia, 1960 - 126 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Sessão apresentada por Augusto M. Seabra
Ritwik Ghatak (1925-76) é um dos mais célebres cineastas do Bengala, a mesma região da Índia de onde é originário Satyajit Ray, de quem quase tudo o separa. MEGHE DHAKA TARA foi o filme que consagrou definitivamente o seu nome fora do seu país natal. A trama narrativa é melodramática, coisa que Ghatak sempre defendeu, apesar do seu empenhamento político: “um verdadeiro cinema nacional emergirá do melodrama, quando artistas sérios lhe dedicarem a sua inteligência”, declararia ele em 1963. Como é evidente, a realização nada tem de tradicional e, segundo a observação de Joel Magny, o filme é “uma estranha tentativa, totalmente suicidária, de levar o cinema ao seu limite”. Uma obra excecional. A apresentar em cópia digital.
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