17/03/2014, 19h30 | Sala Luís de Pina
Paulo Rocha e Fernando Lopes, “Uma Espécie de Gémeos Diferentes” - Paulo Rocha
A Ilha de Moraes
de Paulo Rocha
com Eiki Matsumura, Jakucho Setuchi, Armando Martins Janeira, Adelaide Moraes Costa
Portugal, 1984 - 102 min
Paulo Rocha voltou ao escritor Wenceslau de Moraes depois de A ILHA DOS AMORES, filme com que A ILHA DE MORAES estabelece um diálogo íntimo. Para filmar a vida e obra do escritor português que viveu no Extremo Oriente, Paulo Rocha filmou documentos e lugares vividos pelo escritor, confrontando-os com os textos de Moraes e com o seu A ILHA DOS AMORES. “Como A ILHA DOS AMORES – tudo, como disse, parte dela, mas tudo também não cessa de voltar a ela – este é um filme sobre Portugal e a Europa e o Oriente, sobre os séculos XVI e XIX, sobre o próprio século XX e a mudança (…), sobre a mulher e sobre a morte, sobre a viagem e o conhecimento, sobre a História e os documentos” (José Manuel Costa).
18/03/2014, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Paulo Rocha e Fernando Lopes, “Uma Espécie de Gémeos Diferentes” - Paulo Rocha
O Desejado ou As Montanhas da Lua
de Paulo Rocha
com Luís Miguel Cintra, Caroline Chanioleau, Jacques Bonnaffé, Manuela de Freitas, Isabel Ruth, Duarte de Almeida
Portugal, França, 1987 - 122 min
Inspirado numa das mais famosas obras da literatura japonesa, o Genji Monogatari, associado ao mito nacionalista do Desejado. Com argumento e diálogos de Jorge Silva Melo e Manuel Lucena, o filme é uma história de jogos de poder, logo de sedução e de política, por onde se vê, em filigrana, muito da história de Portugal num passado recente. “É um filme imperfeito, mas na mesma aceção que leva a chamar imperfeitas às capelas da Batalha. […] Portugal, 1982, ainda podia ser o fogo renovador da Ilha. Portugal, 1987 – ano da Europa – só já pode ser o eco que em eco nos converte. Uma beleza imensa, mas disseminada” (João Bénard da Costa). Estreou mundialmente no festival internacional de cinema de Veneza em 1987.
20/03/2014, 19h30 | Sala Luís de Pina
Paulo Rocha e Fernando Lopes, “Uma Espécie de Gémeos Diferentes” - Paulo Rocha
Máscara de Aço Contra Abismo Azul
de Paulo Rocha
com Vítor Norte, Fernando Heitor, Inês de Medeiros, Miguel Guilherme, José Viana, Henrique Viana
Portugal, 1988 - 64 min
Quase vinte anos depois de POUSADA DAS CHAGAS, Paulo Rocha regressou a uma surpreendente colagem sobre o modernismo português, centrado em Amadeo de Souza-Cardoso. Entre a reconstituição dos anos do Orfeu e do manifesto futurista, a montagem de uma exposição na Gulbenkian e um onirismo jugulado, Rocha propôs uma das mais singulares e fascinantes visões desse mundo de cores e metais, tão saudosista quanto anarquizante, tão altaneiro quanto inseguro. Foi mostrado em Pesaro em 1989, no contexto de uma retrospetiva dedicada ao cinema português.
20/03/2014, 22h00 | Sala Luís de Pina
Paulo Rocha e Fernando Lopes, “Uma Espécie de Gémeos Diferentes” - Paulo Rocha
Portugaru-San, o Senhor Portugal em Tokushima
de Paulo Rocha
com Álvaro Faria, Ângela Pinto, Isabel Fernandes, Bruno Cochat, Silvina Pereira, Alfredo Brito, Júlio Martin
Portugal, 1995 - 75 min
Foi o primeiro filme rodado em vídeo de Paulo Rocha, baseado no espetáculo sobre Wenceslau de Moraes, Portugaru-San do Teatro Maizum, com dramaturgia e encenação de Silvina Pereira a partir de uma colagem de textos do escritor. Uma produção do Teatro Maizum e da Rosa Filmes, também coprodutora do seguinte SHOHEI IMAMURA, LE LIBRE PENSEUR. “Como resolveria Paulo Rocha as relações de interioridade e exterioridade com um objeto que, sendo ‘seu’ – ‘o meu Wenceslau’ – se encontra aqui noutras mãos que remetem o cineasta para a condição de ‘quase-espectador’? Neste sentido PORTUGARU-SAN é, num dos seus ângulos mais estimulantes, uma espécie de ‘crónica’ do relacionamento de Paulo Rocha com a peça do Teatro Maizum. […] Paulo Rocha consegue algo de decisivo: imprimir um ritmo visual – e apetece dizer que também um ritmo narrativo – que transforma PORTUGARU-SAN num filme que já não precisa do seu objeto – a peça – para viver. Ganhou uma vida própria e exuberante” (Luís Miguel Oliveira).
21/03/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Paulo Rocha e Fernando Lopes, “Uma Espécie de Gémeos Diferentes” - Paulo Rocha
Oliveira l’Architecte
Oliveira o Arquitecto
de Paulo Rocha
com Manoel de Oliveira, Duarte de Almeida, Leonor Silveira
Portugal, Alemanha, França, 1993 - 78 min
Paulo Rocha realizou dois filmes para a notável série francesa “Cinéma de Notre Temps”, sobre Oliveira, fundamental referência do seu cinema, e sobre Imamura, por cuja obra tinha grande admiração. Este foi o primeiro, filmado em Lisboa (na Cinemateca) e no Douro (de Oliveira, quando preparava VALE ABRAÃO), e é apresentado como a reunião de dois homens do cinema português contemporâneo. Foram feitas duas versões, e o filme teve estreia em sala numa versão para cinema mais longa do que a transmitida como emissão da série, e é esta a versão que vamos ver. “Não queria nada de didático, de retrato explicativo. Queria um ramo de flores venenosas, uma salva de palmas para o velho mestre canibal” (Paulo Rocha).