21/09/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Luis Miguel Cintra: O Cinema
Retrospetiva
A Caixa
de Manoel de Oliveira
com Luis Miguel Cintra, Beatriz Batarda, Diogo Dória, Isabel Ruth, Ruy de Carvalho, Glicínia Quartin
Portugal, França, 1994 - 94 min | M/12
Adaptado de uma peça de Prista Monteiro, A CAIXA (Prémio Especial do Júri no Festival de Veneza) é um dos filmes mais negros e sarcásticos de Oliveira, onde as Escadinhas de São Cristóvão na Mouraria, se transformam num microcosmos dos vícios e virtudes humanas, das fraquezas das pessoas e das crueldades a que recorrem para sobreviver. E no palco da representação de uma farsa. Luis Miguel Cintra interpreta o papel do cego que habita as escadinhas lisboetas e a quem roubam a caixa de esmolas com que ganha a vida.
21/09/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Luis Miguel Cintra: O Cinema
Retrospetiva
Peixe Lua
de José Álvaro Morais
com Beatriz Batarda, Ricardo Aibéo, Marcello Urgeghe, Luis Miguel Cintra
Portugal, 2000 -
125 min | M/12
O Sul na obra de José Álvaro Morais: o Alentejo e a Andaluzia, o imaginário das grandes herdades, das touradas, do flamenco, a lembrança de Garcia Llorca, um barco chamado “Zéfiro”, em rima com o filme homónimo de 1994 em que já José Álvaro Morais viajava pelo imaginário do Sul. História de desuniões e desagregações familiares, PEIXE LUA combina, na sua dramaturgia, um olhar sobre o presente português contemporâneo da sua data de produção e os ecos do passado que nele persistem. Foi o terceiro filme de Luis Miguel Cintra com José Álvaro Morais, que o pôs no papel do Conde de Trava em O BOBO (1987) e do narrador de ZÉFIRO (1994). E que concebeu a ideia que levaria a TEATRO DA CORNUCÓPIA, A LOUCA JORNADA (2000), um filme de montagem que assinala os 25 anos da Companhia, para o qual filmou o registo da preparação da peça O Casamento de Fígaro, ou a Louca Jornada, de Beaumarchais.
25/09/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Luis Miguel Cintra: O Cinema
Retrospetiva
O Novo Testamento de Jesus Cristo Segundo João
de Joaquim Pinto, Nuno Leonel
com Luis Miguel Cintra
Portugal, 2013 - 128 min | M/12
Registo de um dia de leitura por Luis Miguel Cintra de Evangelho Segundo S. João ao ar livre, no campo, a partir de O Novo Testamento de Jesu Christo Segundo João, traduzido em português, da Vulgata latina, por António Pereira de Figueiredo (1725-1797). Feito de sobreposições de imagens e sons, dos ritmos do texto e da natureza, das modulações da voz do ator, é um filme profundamente singular. “O primeiro capítulo é acompanhado por imagens do local, seguindo-se um bloco em que somos imersos no ‘grão da voz’ de Luis Miguel. A partir daí, essa voz materializa-se na expressão, no gesto, na presença, no ritmo, na respiração, na pulsão do corpo do ator, que se transforma em veículo da materialização do texto” (Joaquim Pinto, Nuno Leonel).
26/09/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Luis Miguel Cintra: O Cinema
Retrospetiva
Erros Meus | Todas Hieren
duração total da projeção: 97 min | M/12
ERROS MEUS
de Jorge Cramez
com Luis Miguel Cintra, Isabel Ruth
Portugal, 2000 – 15 min
TODAS HIEREN
de Pablo Llorca
com Luis Miguel Cintra, Leonor Watling, Eusebio Lázaro, Luz Ceballos, Alberto Jiménez, José María Caffarel
Espanha, 1997 – 82 min / legendado eletronicamente em português
TODAS HIEREN é a terceira longa-metragem do espanhol Pablo Llorca – também escritor, programador e crítico de arte –, que filmou com Luis Miguel Cintra depois de o ter admirado nos filmes de Manoel de Oliveira e com quem Cintra estabeleceu uma relação de cumplicidade manifesta na sessão que ambos acompanharam do filme no Lisbon & Estoril Film Festival em 2015. Na ocasião, o ator referiu-se ao cunho pessoal do trabalho de Llorca, ao lugar que o mistério ocupa nos seus filmes. Contracenando com Leonor Watling, numa interpretação em castelhano – que apreciou especialmente por ter nascido na capital espanhola, Luis Miguel Cintra é o protagonista masculino de TODAS HIEREN, cujo argumento partiu de um verso latino que em castelhano afirma “Todas hieren, sólo la última mata”. A sessão abre com a camoniana curta-metragem de Jorge Cramez, ERROS MEUS, que Luis Miguel Cintra ilumina ao lado de Isabel Ruth. Primeiras exibições na Cinemateca.
26/09/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Luis Miguel Cintra: O Cinema
Retrospetiva
A Ilha dos Amores
de Paulo Rocha
com Luis Miguel Cintra, Clara Joana, Zita Duarte, Jorge Silva Melo, Paulo Rocha, Yoshiko Mita
Portugal, 1982 - 169 min
falado em português e japonês, legendado eletronicamente em português | M/12
,– / Compõe-se em nove cantos e é um filme inspirado na vida e obra do escritor Wenceslau de Moraes, que saiu de Portugal nos finais do século XIX para buscar no Japão uma “arte de viver” que conciliasse o material e o espiritual. Uma das obras mais arriscadas do cinema português, em que o trabalho de mise en scène é sobretudo realizado no interior dos próprios planos. “Cantos de Os Lusíadas, de Pound, de Chu Yuan (...) Era um pouco megalómano: juntar todas as culturas, todas as artes, todos os estilos, todas as línguas. Mas lá estavam o Moraes e a Ko-Háru, o gato e o pássaro de O-Yoné, o pintor impotente, para darem humanidade ao décor excessivo” (Paulo Rocha). Luis Miguel Cintra, que preza especialmente A ILHA DOS AMORES, é o Wenceslau de Moraes deste filme, num dos seus grandes e mais exigentes papeis em cinema.