17/07/2025, 21h45 | Esplanada
Eduardo Serra, "Interpretar Um Texto Com Luz"
What Dreams May Come
Para Além do Horizonte
de Vincent Ward
com Robin Williams, Cuba Gooding Jr., Annabella Sciorra
Estados Unidos, 1998 - 113 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O médico Chris Nielson (Robin Williams) ama Annie (Annabella Sciorra), a mulher com quem tem dois filhos. São felizes, pelo menos até ao dia em que, após um acidente de aviação, o casal perde as crianças. A vida torna-se penosa e, pior que isso, quatro anos depois, Chris morre também. Só que, pouco depois, acorda no paraíso e reencontra os dois filhos. Sozinha e desesperada, Annie comete suicídio, o que a leva para o inferno. Inicia-se então uma aventura de “busca e salvamento” do espírito perdido da sua amada. Adaptação do romance fantástico de Richard Matheson, o filme reinterpreta de forma lúdica e inventiva o universo pitoresco do Inferno de Dante. Sobre esta parceria, Eduardo Serra afirmou que “o Vincent Ward só se interessa pelo que ainda não foi feito, como eu. Ele está sempre a convidar-me a inventar coisas e a utilizar um leque muito vasto de possibilidades técnicas, às quais está sempre aberto. A sua riqueza como artista é a sua forma de pensar, que não é de todo académica. O processo criativo de Vincent pode ser muito confuso para as pessoas que o rodeiam, mas essa é também a sua vantagem.” WHAT DREAMS MAY COME é o filme mais ousado e “experimental” da carreira de Eduardo Serra. Primeira exibição na Cinemateca.
A sessão repete no dia 24 às 15h30, na sala M. Félix Ribeiro.
18/07/2025, 21h45 | Esplanada
Eduardo Serra, "Interpretar Um Texto Com Luz"
Unbreakable
O Protegido
de M. Night Shyamalan
com Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Robin Wright Penn, Spencer Treat Clark
Estados Unidos, 2000 - 106 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Bruce Willis (David) é o único sobrevivente de um desastre ferroviário, fenómeno considerado inexplicável. Samuel L. Jackson (Elijah) é o seu “oposto”, um homem frágil e doente com ossos quebradiços como vidro. O segundo desenvolveu uma singular teoria para explicar o caso, a partir da sua paixão pelos super-heróis da banda desenhada. Trata-se de uma “fábula contemporânea sobre a insegurança” (Manuel Cintra Ferreira) que antecipa a monumental transformação imposta pelo ataque do 11 de Setembro. M. Night Shyamalan regressou a este filme quando, em 2017 e 2019, completou a sua “trilogia dos Super-Heróis” com SPLIT e GLASS. Sobre o tratamento visual das personagens deste filme, Eduardo Serra defendeu que, ao longo de UNBREAKABLE, “David vai da luz fria para a quente e Elijah faz o percurso inverso. Eles refletem-se simetricamente e como tal os seus arcos de cor também.”
A sessão repete no dia 30 às 19h00, na sala M. Félix Ribeiro.
19/07/2025, 21h45 | Esplanada
Eduardo Serra, "Interpretar Um Texto Com Luz"
Girl With a Pearl Earring
Rapariga com Brinco de Pérola
de Peter Webber
com Colin Firth, Scarlett Johansson, Tom Wilkinson, Judy Parfitt
Estados Unidos, 2003 - 100 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Baseado no romance de Tracy Chevalier, GIRL WITH A PEARL EARRING recria os acontecimentos que envolveram a criação do famoso quadro de Vermeer (Colin Firth), avançando a hipótese, não comprovada historicamente, do modelo ter sido uma criada que vivia em casa da família do pintor (Scarlett Johansson). Uma das grandes apostas do filme é a luz e a fotografia de Eduardo Serra, que viu aqui o seu trabalho reconhecido com a sua segunda nomeação para o Oscar de Melhor Fotografia. O diretor de fotografia explicou que, neste filme, pôde levar ao limite as suas reflexões sobre a pintura e a fotogenia, defendendo que “é raro um diretor de fotografia ter a oportunidade de fazer um filme sobre um rosto. Se Scarlett não tivesse uma pele tão transparente, o filme podia não ter ficado tão bem. Uma pele translúcida é uma extraordinária matéria-prima. A relação luz-pele é fundamental para o meu trabalho”.
A sessão repete no dia 29 às 19h00, na sala M. Félix Ribeiro.
21/07/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Eduardo Serra, "Interpretar Um Texto Com Luz"
The Disappearance of Finbar
O Desaparecimento de Finbar
de Sue Clayton
com Luke Griffin, Jonathan Rhys Meyers, Sean Lawlor
Irlanda, Suécia, Reino Unido, 1996 - 105 min
M/12
Finbar e Danny são amigos de infância que vivem num bairro triste de uma cidade irlandesa. Finbar tem a oportunidade de jogar futebol numa equipa internacional, mas acaba por não a conseguir aproveitar e regressa. Foi como herói e voltou como derrotado. Num ato de desespero, salta de uma ponte e desaparece. Vários anos depois, Finbar telefona a Danny da Suécia. Surpreendido, Danny viaja de Estocolmo para o extremo norte da Suécia, para a Lapónia, à procura do seu amigo de infância. Mas já não será possível reconstituir aquilo que o tempo dilacerou. Obra de estreia da realizadora britânica Sue Clayton, cuja filmografia viria a dedicar-se mais ao documentário (com especial atenção às questões da infância e juventude em condições de adversidade), é também a demonstração da versatilidade do trabalho de Eduardo Serra, capaz de se adaptar a um filme que começa em tons de realismo britânico e termina como comédia nórdica (com ares de Aki Kaurismäki). Primeira exibição na Cinemateca. A primeira passagem do filme está programada numa sessão “Cinemateca Júnior – Sábados em Família».
22/07/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Eduardo Serra, "Interpretar Um Texto Com Luz"
Funny Bones
Comédia Louca
de Peter Chelsom
com Jerry Lewis, Oliver Platt, Lee Evans, Leslie Caron
Reino Unido, Estados Unidos, 1995 - 128 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um filme de homenagem à genialidade cómica de Jerry Lewis. Vivendo à sombra do seu pai, um famoso comediante (interpretado pelo próprio Lewis), um jovem cómico (Oliver Platt) refugia-se na sua antiga cidade natal (Blackpool, em Inglaterra), após o desastre do seu último espetáculo em Las Vegas. Disposto a tudo para se inspirar, o regresso a “casa” vem com uma série de revelações sombrias sobre o seu passado. Mas também lhe dá a ver que a sua excêntrica família é o melhor material para o seu próximo número de comédia física. A abordagem de Eduardo Serra foi uma de “reinterpretação”, isto é, “replicar em cinema o que faríamos se se tratasse de iluminar um espetáculo real (…) mesmo que isso signifique enganar a realidade.” Primeira exibição na Cinemateca.