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Este foi o último filme de Curtiz para a Warner Bros, para a qual trabalhava há vinte e sete anos. Trata-se de um western em “tom menor”, em que um recém-chegado a uma cidade, que mal sabe usar uma pistola e não parece saber lutar, é nomeado xerife por um dos homens poderosos da terra, que pensa poder manipulá-lo. Mas o rapaz interessa-se pela filha do seu predecessor, que morrera em circunstâncias estranhas e põe-se a investigar o ocorrido. Primeira exibição na Cinemateca.

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THE SEA HAWK foi a nona colaboração entre Michael Curtiz e Errol Flynn, que desta vez não contracena com a sua parceira habitual, Olivia de Havilland, mas com uma atriz muito diferente, Brenda Marshall. Trata-se de um filme de aventuras situado no século XVI, em que Flynn interpreta um pirata a soldo de Isabel I de Inglaterra, que ataca o navio que transporta o embaixador enviado a Londres por Filipe II, rei de Espanha. THE SEA HAWK é uma produção monumental, com centenas de figurantes, longos e espetaculares duelos e uma magistral fotografia a preto e branco (na sua versão original, o filme continha uma cena tintada em sépia). Mas também se trata, de modo indireto, de um filme de propaganda em tempos de guerra. “Tudo está construído de forma a galvanizar os ânimos e a Rainha Isabel faz um discurso “inteiramente apócrifo” (Manuel Cintra Ferreira) dirigido ao presente, sobre a defesa de Inglaterra e luta pela liberdade. A exibir em cópia digital.

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Como em SODOM UND GOMORRHA, de 1922, Curtiz associa um tema bíblico e um tema contemporâneo neste filme monumental e ambicioso. A história começa em 1914, em Paris, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial. Um casal enamora-se, mas a guerra separa-os. A mulher segue o homem até às trincheiras e a partir deste momento (cerca de uma hora de ação cinematográfica) somos transportados para os tempos bíblicos, com os mesmos atores no papel de um par de amantes. Com impressionantes cenários e incontáveis figurantes, o filme toma bastante liberdade com o Livro Sagrado, misturando o episódio da Arca de Noé com o de Moisés. Tudo chega ao fim com um impressionante dilúvio bíblico, posto em paralelo com o “dilúvio de sangue” da guerra. O filme é semi-sonoro, com intertítulos e alguns diálogos falados. Primeira exibição na Cinemateca.

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Magnífico exemplo do film noir que surgiu no início dos anos de 1940, com as suas complexas intrigas repletas de fobias e mortes e a sua iconografia peculiar, que explora a fundo as possibilidades dramáticas da imagem a preto e branco. Na sua última colaboração com Curtiz, Claude Rains faz o papel de um radialista que narra séries de mistério. Obcecado pelo crime perfeito, assassina a sua secretária e tenta fazer passar o seu crime por um suicídio. Curtiz usa todos os recursos estilísticos do mais hipnótico dos géneros para criar um magnífico momento de cinema. O filme não é exibido na Cinemateca desde 1991.

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