11/02/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Paul Vecchiali, Fazer Cinema na Diagonal
Archipel Des Amours
de Jean-Claude Biette, Cécile Clairval, Jacques Davila, Michel Delahaye, Jacques Fresnais, Gérard Frot-Coutaz, Jean-Claude Guiguet, Marie-Claude Treilhou, Paul Vecchiali
França, 1983 - 99 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O filme coletivo da Diagonale reúne um arquipélago de nove ilhas, ou segmentos, que flutuam à volta do motivo dos amores – PORNOSCOPIE, ENIGME, REMUE-MÉNAGE, SARA, PASSAGE À L’ACTE, LE GOÛTER DE JOSETTE, LA VISITEUSE, LOURDES, L’HIVER, MASCULINS SINGULIERS são os títulos singulares do projeto tomado na “diagonal” pelos cineastas. Na Cinemateca, passou uma primeira vez no Ciclo Jean-Claude Biette de 1992 e faz agora parte das rimas do programa com a retrospetiva Biette de janeiro.
A sessão repete no dia 24 às 19h30, na sala Luís de Pina.
12/02/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Paul Vecchiali, Fazer Cinema na Diagonal
Rupture Tango | La Fille du Magicien
Diagonale
RUPTURE TANGO
de Jacques Gibert
com Jean-Christophe Bouvet, Aline Vigneau
França, 1980 – 7 min / legendado eletronicamente em português
LA FILLE DU MAGICIEN
de Claudine Bories
com Anouk Grinberg, Patrick Raynal, Jean-Paul Roussillon, Hélène Surgère, Jean-Pierre Sentier, Myriam Mézières
França, 1989 – 90 min / legendado eletronicamente em português
duração total da sessão: 97 min | M/12
A filmografia de curta-metragem da companhia Diagonale entre as décadas de 1970 e 90 reúne, a Jacques Gibert, os nomes de Noël Simsolo, Paul Vecchiali, Cécile Clairval, Gérard Frot-Coutaz, Straub e Huillet, Noël Alpi, Pierre Chousterman. RUPTURE TANGO é um desses títulos raros. Claudine Bories começou como atriz de teatro e fundou uma das primeiras salas de arte e ensaio nos subúrbios parisienses, Le Studio d’Aubrevilliers, em 1975. Foi nessa época que se iniciou na realização jogando nos registos do cinema documental e de ficção. LA FILLE DU MAGICIEN é produzido pela Diagonale nos anos em que Bories esteve próxima desse coletivo. A história é a de uma rapariga de vinte anos, filha de mãe britânica e pai mágico de profissão, que tem uma paixão pela música, sonha com o rock e vive um verão de amor com Bruno, um aviador que rouba joias.
A sessão repete no dia 19 às 19h00, na sala Luís de Pina.
13/02/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Paul Vecchiali, Fazer Cinema na Diagonal
Les Belles Manières
de Jean-Claude Guiguet
com Hélène Surgère, Emmanuel Lemoine, Hervé Duhamel, Martine Simonet
França, 1978 - 86 min
legendado eletronicamente em português | M/14
Diagonale
Assistente de realização de FEMMES FEMMES e CHANGE PAS DE MAINS de Vecchiali, que aqui coassina a montagem com Franck Mathieu, Jean-Claude Guiguet foi colaborador de Jean-Claude Biette em LE THÉÂTRE DES MATIÈRES e LOIN DE MANHATTAN. Esta sua primeira longa-metragem conta a história de um rapaz que é contratado por uma mulher de cinquenta anos para servir as refeições ao filho que vive recluso num quarto. Contemplando questões associáveis a estratégias de poder, a história “não é um fait-divers curioso e não procura propor-se como uma fábula exemplar. Respeita a autonomia e a cor particular de cada personagem” (Jean-Claude Guiguet). “Guiguet fez filmes únicos nas suas desmedidas, nos cortes ousados que criam elipses inventivas e instigantes, nos enquadramentos soltos e quase simétricos. [… o] cuidado com o enquadramento relaciona-se com a sua admiração pela arte romântica, e pelo classicismo tardio.” (Sérgio Alpendre)
13/02/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Paul Vecchiali, Fazer Cinema na Diagonal
Cauchemar
de Noël Simsolo
com Hélène Surgère, Béatrice Bruno, Pierre Clémenti, André Thorent
França, 1989 - 95 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Diagonale
É um dos filmes e a única longa-metragem “de fundo” de Noël Simsolo, mais conhecido como historiador de cinema, também escritor, pintor, produtor de rádio ou argumentista de Paul Vecchiali e Marco Ferreri e ator de Vecchiali, Biette, Chabrol, Téchiné, Skorecki ou Godard. O enredo concentra-se num bar onde uma mulher jovem e misteriosa substitui a pianista habitual, impressionando o público com o talento digno de uma intérprete famosa, desaparecida em estranhas circunstâncias. Na Diagonale, a produção de CAUCHEMAR teve atrito. “Não renego nada a experiência de CAUCHEMAR. Tive grandes problemas com Vecchiali, que era meu produtor e não tinha dinheiro. Mas havia pessoas maravilhosas […] e graças a elas [Pierre Clémenti, Antoine Bonfanti, Ramón F. Suarez] é exatamente o filme que quis fazer no contexto em que o fiz.” (Noël Simsolo)
A sessão repete no dia 22 às 19h30, na sala Luís de Pina.
14/02/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Paul Vecchiali, Fazer Cinema na Diagonal
Ecco Ho Letto | La Partenza | Ce Que Cherche Jacques | La Sœur du Cadre
Jean-Claude Biette – o Teatro das Matérias
ECCO HO LETTO
com Giuseppe Saltini, Isabel Ruth, Ninetto Davoli
Itália, 1966 – 14 min / legendado eletronicamente em português
LA PARTENZA
com Giuseppe Bertolucci, Gianluigi Calderone
Itália, 1968 – 12 min / legendado eletronicamente em português
CE QUE CHERCHE JACQUES
com Howard Vernon, Michèle Moretti
França, 1970 – 15 min / legendado eletronicamente em português
LA SŒUR DU CADRE
com Michèle Moretti, Benoît Jacquot, Aline Issermann, Douglas Earle, Jean-Marc Krempff, Jean-Marc Raynal
de Jean-Claude Biette
França, 1972 – 17 min / legendado eletronicamente em português
duração total da sessão: 58 min | M/12
Uma sessão para quatro raridades: quatro curtas-metragens de Jean-Claude Biette, realizadas em Itália e França antes da longa LE THÉÂTRE DES MATIÈRES, produzida pela Diagonale. Um rapaz recém-saído da univerSIDAde aborrece-se: é a descrição de ECOO HO LETTO, escrito por Biette e cuja realização os créditos outorgam a Adriano Aprà, que, negando tal facto em 2018, o atribuiu “inteiramente a Jean-Claude”. É o primeiro dos filmes subsistentes de Biette e um filme inicial da atriz portuguesa Isabel Ruth. Também uma ficção, a somar a dois títulos documentais hoje dados como perdidos (ATTILIO BERTOLUCCI e SANDRO PENNA), LA PARTENZA, “a partida”, integra o rol das primeiras experiências na realização de Biette nos quatro anos de exílio italiano, pós-fuga ao serviço militar obrigatório em França, de onde sai sem aviso no outono de 1965 e onde regressa em 1969. CE QUE CHERCHE JACQUES propõe uma aventura moral à volta da amizade e da pressão dos preconceitos. LA SŒUR DU CADRE é uma história de irmãos, de emprego, de desempregados.
A sessão repete no dia 28 às 19h30, na sala M. Félix Ribeiro.