20/12/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema Clássico de Dorothy Arzner
Working Girls
de Dorothy Arzner
com Judith Wood, Dorothy Hall, Charles “Buddy” Rogers, Paul Lukas, Stuart Erwin
Estados Unidos, 1931 - 77 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Arzner distinguiu-o como um dos seus trabalhos favoritos, sendo preciso muito tempo para que a sua singularidade, inclusivamente feminista, fosse reconhecida. O enredo segue duas irmãs oriundas do Indiana que vêm instalar-se em Nova Iorque, onde começam a trabalhar como estenógrafa (a mais velha e mais ingénua) e telegrafista (a mais nova). “Arzner esteve sempre à frente do seu tempo. Em nada amenizou a questão da sexualidade. Como nota Judith Mayne, mesmo no contexto de grande abertura da era pré-Código [Hays], ‘Arzner teve de lutar com os censores por causa do tratamento explícito da gravidez (e portanto do sexo) fora do casamento’. WORKING GIRLS é um filme pré-Código extraordinariamente ousado, realizado por uma inteligentíssima feminista lésbica. Dadas as circunstâncias, é surpreendente que o filme tenha sido feito; ainda assim, a Paramount distribuiu-o discretamente. É um milagre que tenha sobrevivido” (Gwendolyn Audrey Foster,
Senses of Cinema, 2017).
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20/12/2022, 19h30 | Sala Luís de Pina
O Cinema Clássico de Dorothy Arzner
Paramount on Parade
Paramount em Gala
de Dorothy Arzner, Otto Brower, Edmund Goulding, Victor Heerman, Edwin Knopf, Rowland V. Lee, Ernst Lubitsch, Lothar Mendes, Victor Schertzinger, Edward Sutherland, Frank Tuttle
com Richard Gallagher, Dennis King (no episódio de Arzner)
Estados Unidos, 1930 - 98 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Este “desfile Paramount” é um musical composto por vinte segmentos de onze realizadores. Tirando Claudette Colbert e os Irmãos Marx, todas as grandes estrelas da Paramount participam na “parada”, produzida por Adolph Zukor e Jesse L. Lasky, escrita por Joseph L. Mankiewicz, fotografada por Victor Milnes e Harry Fischbeck (em Technicolor de duas bandas, no caso de alguns dos segmentos), e supervisionada pela atriz, cantora e letrista Elsie Janis, de que foram feitas versões em várias línguas. Dorothy Arzner assina o segmento intitulado “The Gallows Song – Nichavo”.
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21/12/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema Clássico de Dorothy Arzner
Christopher Strong
O Que Faz o Amor
de Dorothy Arzner
com Katharine Hepburn, Colin Clive, Billie Burke, Helen Chandler, Ralph Forbes
Estados Unidos, 1933 - 78 min
legendado eletronicamente em português | M/12
CHRISTOPHER STRONG tornou-se um título de culto nos anos 1970 feministas. Em 1933, ainda pré-Código, com argumento de Zoë Akins na linha original do cinema de Arzner, era o segundo filme de Katharine Hepburn e o primeiro da atriz num papel principal: Lady Cynthia é uma temerária aviadora convicta da sua independência que se apaixona – com inadvertida correspondência – por um homem casado, sendo amiga da filha e da mulher deste (extraordinária Billie Burke). Não corre bem, não há final feliz. Pauline Kael referiu-o como “um dos raros filmes contados na perspetiva sexual de uma mulher”. Ainda que o desfecho fatal baralhe a ousadia da abordagem, restaurando a norma (ser mulher, ter em simultâneo uma carreira e um relacionamento amoroso, que além do mais desafiava a conjugalidade e não negava a decência, seria demais mesmo na Hollywood Pré-Código), CHRISTOPHER STRONG navega uma assinalável complexidade. É também o filme em que Hepburn é esplendorosa no seu fato completo de aviadora e espampanante quando enverga um colante traje prateado para ir a uma festa como se viesse de outro planeta.
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22/12/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema Clássico de Dorothy Arzner
Paramount on Parade
Paramount em Gala
de Dorothy Arzner, Otto Brower, Edmund Goulding, Victor Heerman, Edwin Knopf, Rowland V. Lee, Ernst Lubitsch, Lothar Mendes, Victor Schertzinger, Edward Sutherland, Frank Tuttle
com Richard Gallagher, Dennis King (no episódio de Arzner)
Estados Unidos, 1930 - 98 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Este “desfile Paramount” é um musical composto por vinte segmentos de onze realizadores. Tirando Claudette Colbert e os Irmãos Marx, todas as grandes estrelas da Paramount participam na “parada”, produzida por Adolph Zukor e Jesse L. Lasky, escrita por Joseph L. Mankiewicz, fotografada por Victor Milnes e Harry Fischbeck (em Technicolor de duas bandas, no caso de alguns dos segmentos), e supervisionada pela atriz, cantora e letrista Elsie Janis, de que foram feitas versões em várias línguas. Dorothy Arzner assina o segmento intitulado “The Gallows Song – Nichavo”.
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22/12/2022, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema Clássico de Dorothy Arzner
Nana
Naná
de Dorothy Arzner
com Anna Sten, Phillips Holmes, Lionel Atwill, Richard Bennett
Estados Unidos, 1934 - 86 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O primeiro filme de Anna Sten em Hollywood é uma adaptação do romance de Émile Zola (1880) por Dorothy Arzner, contratada por Samuel Goldwyn para substituir outro realizador na produção da United Artists. Em
Directed By Dorothy Arzner, Judith Mayne nota que é o único dos seus filmes em que a realizadora aborda diretamente a prostituição, bem como pontos de intersecção com SARAH AND SON e DANCE, GIRL, DANCE, nos quais o mundo do espetáculo e a sexualidade estão intimamente ligados – “A vida trabalhadora de Nana combina prostituição e o palco. […] aqui a oposição central é entre o ‘trabalho do sexo’ entendido de duas maneiras: literalmente (como prostituta) e figurativamente (como artista). Alguns dos momentos mais interessantes do filme têm de facto lugar quando existe uma deliberada ambiguidade entre a representação e a sexualidade.”
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