17/10/2020, 15h00 | Salão Foz
Cinemateca Júnior – Sábados em Família
Ohayo
Bom Dia
de Yasujiro Ozu
com Keiji Sata, Yoshiko Kuga, Koji Shigaraki, Masahiko Shimazu
Japão, 1959 - 94 min
legendado em português | M/6
Pode ser considerado uma variação de um dos mais célebres filmes de Ozu, “NASCI, MAS…, de 1933. Contrariamente à quase totalidade das obras-primas realizadas por Ozu na fase final da sua carreira, OHAYO é uma comédia e não aborda o tema da dissolução de uma família, mas apenas um momento de crise causado por dois miúdos. As crianças fazem greve de silêncio para protestar contra o facto de os pais se recusarem a comprar uma televisão. A realização de Ozu, como sempre rigorosa e perfeita, tece um filme que, ao invés de mostrar o fim de uma vida, ou de uma família, mostra uma continuidade, a aceitação da mudança. Um dos filmes em que o cineasta trabalha exemplarmente a cor.

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17/10/2020, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Delphine Seyrig, Insubmusa

com a 21ª Festa do Cinema Francês, em colaboração com o Institut Français Portugal e o Centre Audiovisuel Simone de Beauvoir
A Doll's House
A Casa da Boneca
de Joseph Losey
com Jane Fonda, Edward Fox, Trevor Howard, Delphine Seyrig, David Warner, Anna Wing
Reino Unido, França, 1972 - 106 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Delphine Seyrig filmara uma primeira vez com Joseph Losey em 1968 (L’ACCIDENT, a partir de Harold Pinter) e reencontra-o nesta adaptação por David Mercer da clássica peça de Ibsen ambientada na Noruega do século XIX, em que interpreta o papel de Kristine. Coprotagoniza o filme com Jane Fonda, que é Nora, a mulher que se liberta do papel de mascote que vive ao lado do marido dominador que ajudou secretamente no passado cometendo um ato ilícito. A DOLL’S HOUSE é um título subestimado de um cineasta subestimado, que filmou recorrentemente personagens femininas fortes e conheceu alguma tensão com Fonda e Seyrig durante esta rodagem em que, não obstante, ambas compõem impressivamente os seus papeis. Primeira apresentação na Cinemateca, em cópia digital.

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17/10/2020, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Delphine Seyrig, Insubmusa

com a 21ª Festa do Cinema Francês, em colaboração com o Institut Français Portugal e o Centre Audiovisuel Simone de Beauvoir
Femmes au Vietnam
de Jane Fonda, Delphine Seyrig
França, 1974 - 62 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Na lista da produção das Muses, FEMMES AU VIETNAM surge como uma montagem sonora de diapositivos ao lado de LA NATURE DE LA GUERRE AU VIETNAM (1974). Trata-se de um alinhamento de imagens fotográficas vietnamitas acompanhadas por uma interpeladora voz off. A concepção original da montagem dos diapositivos é de Jane Fonda, que no início dos anos 1970 havia de ficar conhecida como “Hanoi Jane” pela sua estadia militante no Vietname durante a guerra e uma fotografia polémica que continua famosa (e serviu de mote a um filme de Jean-Luc Godard e Jean-Pierre Gorin, LETTER TO JANE, 1972). Esta é a versão comentada em off por Delphine Seyrig, que compôs a montagem da banda sonora francesa com Sami Frey em 1973.

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17/10/2020, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Delphine Seyrig, Insubmusa

com a 21ª Festa do Cinema Francês, em colaboração com o Institut Français Portugal e o Centre Audiovisuel Simone de Beauvoir
La Musica
de Marguerite Duras, Paul Seban
com Delphine Seyrig, Robert Hossein, Julie Dassin
França, 1966 - 80 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O primeiro filme de Duras foi o primeiro Duras com Seyrig, antecedendo o extraordinário díptico da extraordinária personagem de Anne-Marie Stretter composta nas margens do Ganges dos anos 1930 em INDIA SONG (1975) e SON NOM DE VENISE DANS CALCUTTA DÉSERT (1976), e o seguinte BAXTER, VERA BAXTER (1977) em que interpreta o papel da desconhecida. Em LA MUSICA, a partir da peça homónima de Duras com “ela” e “ele”, um casal separado que se reencontra três anos depois da separação para recolher a sentença de divórcio e protagoniza uma fabulosa cena fantasmática num átrio de hotel. Um filme belíssimo. É de Seyrig que Duras dirá, “O único entrave à sua liberdade é a injustiça de que os outros são vítimas”. Primeira apresentação na Cinemateca.

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