“Ocupo-me de um campo que vai da imagem à palavra e vice-versa. Imagem e palavra contam a impotência uma da outra. Fora desse par, o mundo seria contado por elas, palavra e imagem, que nomeiam o mundo como impotência. E volta a começar. A minha atitude é olhar. Dirijo-me ao mais próximo e concreto.” A declaração dá as boas-vindas aos recém-chegados à página eletrónica de Javier Codesal, cujo consolidado trabalho poético e artístico se distingue pela versatilidade, a multiplicidade de domínios em que se incluem a poesia, a fotografia, o cinema, o vídeo ou a instalação. Nascido em Sabiñánigo (Huesca), em 1958, Javier Codesal é considerado um pioneiro da videoarte no seu país ou, nas palavras do crítico de cinema Manuel Asín (“Demolición de un muro”), “precursor num modo de entender a sua atividade desde finais dos anos 1980, num terreno a meio-caminho entre as artes visuais e o cinema que nesse momento não era comum, nem mesmo internacionalmente”.
Javier Codesal vai estar na Cinemateca para apresentar três dos seus filmes e para uma conversa com Pedro Costa, a partir do seu livro Canción de Pedro Costa (2022) Nessa ocasião, será projetado AS FILHAS DO FOGO de Pedro Costa. Todos os filmes programados são primeiras apresentações na Cinemateca.

Com o apoio da Embaixada de Espanha em Lisboa