20/12/2023, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
THE FACE IS FAMILIAR
de Frank Tashlin
com Jack Benny, Jesse White, Otto Kruger, Joi Lansing
Estados Unidos, 1954 - 26 min
THE HONEST MAN
de de Frank Tashlin
com Jack Benny, Zsa Zsa Gabor, Charles Bronson
Estados Unidos, 1956 - 26 min
Tashlin realizou estas duas comédias para o
General Electric Theater, série (1953-1962) patrocinada pela empresa de eletricidade e apresentada por Ronald Reagan. Normalmente compostas por uma mistura de segmentos ao vivo e pré-filmados, parece que Tashlin, com todos os seus
gags visuais e sonoros (os sapatos baratos de Charles Bronson a ranger), prefigurava as suas caricaturas esquerdistas do
homo americanus. THE FACE IS FAMILIAR é uma parábola sobre o anonimato e a indiferença da sociedade em relação ao homem, que, no entanto, se vai desenvencilhando através de todos os seus mecanismos grosseiros: Tom Jones (Jack Benny) tem um rosto de que ninguém se lembra - nem no restaurante onde trabalha, nem na barbearia, nem no cinema, nem no exército, nem no banco. “Um tanso nato!” exclama um
gangster que pretende usar o rosto esquecível de Tom para roubar “o negócio bancário” (“Oh, money! I hear there’s a lot of money in money”). Em the HONEST MAN, o casamento de Sheldon Weeks (novamente Jack Benny), um afinador de pianos conhecido pela sua honestidade, foi adiado devido aos custos da fiança de prisão do seu futuro cunhado (Charles Bronson). Ele vê-se envolvido com
gangsters quando joias roubadas são escondidas no seu saco de ferramentas. A honestidade de Sheldon é posta à prova, ele tem de suportar bandidos, pernas de outras mulheres (um dos principais temas de Tashlin), os duplos e triplos sentidos de uma mulher da sociedade (Zsa Zsa Gabor, que refere amplamente as suas verdadeiras raízes húngaras) e dançarinas burlescas. Abundam as piadas sobre seios e objetos fálicos vibrantes, terminando finalmente no paradisíaco Havai, em lua-de-mel.
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