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Assunto: Programação
Data: 09/09/2021
Sete filmes para descobrir Jacqueline Audry
Sete filmes para descobrir Jacqueline Audry
Praticamente desconhecido na atualidade, o cinema de Jacqueline Audry vai ser alvo de uma retrospetiva entre 8 e 20 de outubro na Cinemateca, numa iniciativa organizada em conjunto com a 22ª Festa do Cinema Francês e o Institut Français, que conta com a presença em Lisboa da investigadora Brigitte Rollet para comentar as sessões iniciais do programa. Intitulada “Audry, Jacqueline Audry”, a retrospetiva começa com Olivia (1950), o mais célebre dos filmes da realizadora francesa.

Jacqueline Audry (1908-1977) começou a trabalhar nos anos 1930 como anotadora e assistente de Max Ophüls e G.W. Pabst, entre outros, iniciando-se na realização em 1943, com a única curta-metragem documental da sua filmografia, composta por dezasseis longas-metragens de ficção entre 1945 e 1969. Nesses anos, foi a única realizadora com atividade regular em França, tendo-se interessado especialmente por adaptações literárias de autores como Colette (a trilogia dos anos 1950: Gigi, Minne, l’ingénue libertine e Mitsou), Dorothy Bussy (Olivia), Jean-Paul Sartre (Huis-clos) e Victor Margueritte (La Garçonne). As histórias centradas em perspetivas de emancipação protagonizadas por mulheres são uma marca dos seus filmes, tal como a diversidade de géneros cinematográficos, a ambição das produções e a notoriedade dos elencos.
A retrospetiva propõe a descoberta da obra na realização de Jacqueline Audry a partir de um núcleo relevante dos seus filmes, cuja popularidade na época foi bruscamente seguida pelo esquecimento generalizado. Brigitte Rollet, investigadora e professora em estudos de cinema e media, é autora da monografia Jacqueline Audry, la femme à la caméra. O texto de apresentação do programa e dos filmes que o compõem pode ser consultado aqui.