A Cinemateca Portuguesa, através do projeto FILMar, apresenta a partir de hoje, 19 Julho, e até dia 23, um programa de filmes no festival IceDocs, na cidade de Akranes, Islândia. 
 
Serão apresentados quatro títulos, recentemente digitalizados com o apoio do programa EEAGrants, que estarão em diálogo com filmes islandeses, num trabalho de cooperação bilateral com um dos países financiadores deste projeto de digitalização e promoção do património fílmico relacionado com o mar. 
 
Serão mostrados A INDÚSTRIA BALEEIRA (João César de Sá, 1932), ERUPÇÃO VULCÂNICA DOS CAPELINHOS, FAIAL, AÇORES (Raquel Soeiro de Brito, 1958), A ALMADRABA ATUNEIRA (António Campos, 1961) e ALBUFEIRA (António de Macedo, 1968), em locais míticos da comunidade piscatória, como no centenário farol de Akranes, o histórico cinema Bíóhöllin, inaugurado em 1942, e no recentemente inaugurado Breið Research and Innovation Center. Os filmes estarão em diálogo com filmes islandeses, do arquivo do Icelandic Film Archives, com o qual o FILMar partilhará experiências de preservação, digitalização e promoção a partir do trabalho já desenvolvido. 
 
ERUPÇÃO VULCÂNICA DOS CAPELINHOS, FAIAL, AÇORES estará em diálogo com filmes de arquivo sobre erupções vulcânicas suas contemporâneas, num cineconcerto com a participação do DJ Flugvél. A INDÚSTRIA BALEEIRA e A ALMADRABA ATUNEIRA, serão contextualizados com SEA HARVEST, produção de 1939, assinada por Loftur Guömundsson (1892-1952), um dos históricos e pioneiros documentaristas islandeses. 
 
O programa inclui ainda uma conferência aberta ao público, coorganizada com o Icelandic Film Archive, com a presença do coordenador do FILMar, Tiago Bartolomeu Costa, proporcionando exemplos das abordagens temáticas e de conservação em curso. A sessão é dirigida, ainda, aos profissionais do setor, presentes no festival, debatendo modos de integração, contextualização e apresentação de filmes de arquivo. 
 
Esta presença na Islândia segue-se ao convite feito ao IceDocs pelo FILMar e pelo DocLisboa, em Outubro 2022, no âmbito do programa para profissionais Nebulae, permitindo a vinda da sua diretora, Ingibjörg Halldórsdóttir, a Lisboa, onde veio conhecer o projeto, bem como visitar o laboratório FILMar, instalado no Arquivo Nacional das Imagens em Movimento e onde é feito o trabalho de digitalização, bem como os diferentes filmes em processo de trabalho.