Prolongando a ambiciosa retrospetiva dedicada ao 25 de abril de 1974 o mês passado, a segunda parte pensada para maio - "25 de Abril, Sempre - Parte II. A Distância das Coisas" -, vai decorrer entre os dias 15 e 30 trazendo muitos dos realizadores dos filmes programados à Cinemateca para apresentar e acompanhar as projeções. As 27 sessões em causa estão organizadas à volta de dois grandes tópicos, propondo filmes de "Primeiros Ecos na Ficção" e títulos agrupados num núcleo "Trabalhar a Memória de Abril". O arranque, dia 15, é feito com "Non ou a Vã Glória de Mandar" de Manoel de Oliveira, e "Natureza Morta - Visages d'Une Dictature" de Susana de Sousa Dias.
Ao contrário da primeira parte da retrospetiva, "O Movimento das Coisas", substancialmente focada no cinema documetal do período revolucionário de 1974 e anos imediatamente seguintes, em maio a proposta é mostrar o cinema documental e de ficção que revisita a experiência revolucionária ou reflete sobre a sua memória. Em termos de cronologia de produção, os filmes a apresentar balizam-se entre 1975 e 2013, num conjunto de títulos assinados por Abi Feijó, Alberto Seixas Santos, António-Pedro Vasconcelos, António Victorino d'Almeida, Artur Semedo, Edgar Pêra, Eduardo Geada, Fernando Matos Silva, Filipa César, Ginette Lavigne, Gonçalo Galvão Telles, Ivo M. Ferreira, João Botelho, João Dias, João Matos Silva, Jorge Silva Melo, José Álvaro Morais, José Filipe Costa, José Fonseca e Costa, Luís Galvão Teles, Manoel de Oliveira, Margarida Rêgo, Maya Rosa, Pedro Costa, Pedro Sena Nunes, Ricardo Costa, Saguenail, Sérgio Tréfaut, Solveig Nordlund, Susana de Sousa Dias e Tiago Afonso.