Assunto: Programação
Data: 27/01/2012
Ficção a "Abrir os Cofres" a partir de Fevereiro
A rubrica regular de programação "Abrir os Cofres", nos últimos anos caracterizada pela proposta de visibilidade de obras raras ou pouco conhecidas da colecção de curta-metragens documentais, vai em 2012 dedicar-se também à apresentação de longas-metragens de ficção portuguesas em sessões comentadas por especialistas e investigadores.
Nesta variante da ideia de propor novos olhares e perspectivas sobre a colecção da Cinemateca, os primeiros programas da nova série, a decorrer em Fevereiro e Março, serão respectivamente apresentados por Leonor Areal e Maria do Carmo Piçarra que escolheram e vêm apresentar obras de Manuel Guimarães , o foco de Fevereiro, por Leonor Areal; San Payo e Lopes Barbosa, em duas sessões em Março que permitirão a Maria do Carmo Piçarra comentar o trabalho de investigação que tem vindo a desenvolver em torno do cinema colonial: de Manuel Guimarães,"Vidas sem Rumo" e "Lotação Esgotada", filmes de 1956 e 1972, vão ser exibidos nos dias 14 e 16 de Fevereiro, às 19h30; "I Cruzeiro de Férias às Colónias do Ocidente", realizado em 1936 por San Payo e "Deixem-me ao Menos Subir às Palmeiras” de Lopes Barbosa em 1972 estão programados para 13 e 15 de Março.
Realizadora e investigadora de cinema, Leonor Areal publicou muito recentemente o livro "Cinema Português. Um País Imaginado" – "Antes de 1974 (Volume I)" e "Após 1974 (Volume II)" –, um importante estudo que resulta de uma investigação desenvolvida entre 2003 e 2008 e de uma tese de doutoramento defendida em 2009 ("Um País Imaginado – Ficções do Real no Cinema Português"), onde o cinema de Manuel Guimarães é um dos tópicos mais defendidos como o único representante do Neo-realismo português.
Investigadora de cinema, Maria do Carmo Piçarra tem publicados estudos sobre o cinema português durante o período do regime salazarista do Estado Novo, "Salazar Vai ao Cinema - O Jornal Português de Actualidades Filmadas" e "Salazar Vai ao Cinema II - A 'Política do Espírito' no Jornal Português", estando no momento a trabalhar sobre o cinema colonial português.