07/07/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Bulle Ogier, Atriz Oceânica
Les Idoles
de Marc’O
com Bulle Ogier, Pierre Clémenti, Jean-Pierre Kalfon, Michèle Moretti
França, 1968 - 105 min
legendado eletronicamente em português
Marc’O é uma importante figura das vanguardas francesas, a partir dos anos 50, nos domínios da literatura, do teatro e do cinema. Teve grande influência sobre Bulle Ogier nos começos da carreira dela, que participou de quatro dos seus espetáculos de palco entre 1963 e 1966, entre os quais LES IDOLES, sátira aos “ídolos” do
show-business que tem lugar durante uma conferência de imprensa de quatro vedetas, que denunciam o “sistema”. Dois anos depois, Marc’O adaptava o espetáculo para o cinema. Lançado em maio de 1968, o filme só ficou em cartaz por alguns dias, mas permaneceu como um dos emblemas do espírito daquela época. Numa entrevista de 2004, em que nota que tem muita dificuldade em falar dos anos 60, “porque o vocabulário não é o mesmo”, Marc’O acrescenta que “em LES IDOLES, era a representação que me interessava. Escolhíamos os planos em relação com os gestos, as atitudes. A cada vez era preciso encontrar o destinatário e o destinatário podia ser um espaço.”. Primeira apresentação na Cinemateca.
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08/07/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Bulle Ogier, Atriz Oceânica
La Paloma
de Daniel Schmid
com Bulle Ogier, Ingrid Caven, Peter Kern, Peter Chatel
Suíça, França, , 1974 - 110 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Daniel Schmid tem muitas afinidades com o cinema de Werner Schroeter, o que se reflete nitidamente nos seus dois primeiros filmes, ESTA NOITE OU NUNCA e sobretudo LA PALOMA, cuja trama narrativa transpõe a de
A Dama das Camélias e congrega elementos diversos: o melodrama, o cabaret, o musical. O resultado é de uma extravagância formal que o realizador nunca mais atingiria. O filme reúne diversos temas romanescos e melodramáticos (o jogo, o
cabaré, a doença mortal, a
prima donna, o amor louco e sem reciprocidade), com uma colagem de elementos musicais que vai de Korngold a Oum Kalsoum, passando por Offenbach e por diversas canções dos anos 30. Bulle Ogier tem a presença de uma
guest star, no papel de uma condessa.
A sessão repete no dia 18 às 19h30, na sala Luís de Pina.
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10/07/2025, 21h45 | Esplanada
Bulle Ogier, Atriz Oceânica
Tricheurs
Batoteiros
de Barbet Schroeder
com Bulle Ogier, Jacques Dutronc, Virgílio Teixeira
França, Portugal, Alemanha, 1984 - 92 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Filmado no Funchal, com destaque para o casino projetado por Oscar Niemeyer, TRICHEURS é um magnífico filme sobre o jogo, o seu poder e a batota. Baseia-se num facto real, em que um batoteiro profissional aliava-se aos
croupiers para ganhar à roleta, com uma técnica extremamente elaborada. Longe das mitologias do luxo e da elegância em que o cinema costuma envolver o mundo dos casinos, Barbet Schroeder sublinha o que Jacques Fieschi definiu à época num artigo sobre o filme como “a fúnebre banalidade da compulsão dos jogadores, com alguns loucos momentos de risco, de disfarce”. Barbet Schroeder jamais se afasta da matéria narrativa, aparentemente magra, a rotina de um par de amantes obcecados, que fazem eco aos de LA BAIE DES ANGES, de Jacques Demy e encontra o ritmo narrativo ideal, atingindo um alto grau de
suspense em diversas passagens.
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11/07/2025, 21h45 | Esplanada
Bulle Ogier, Atriz Oceânica
Belle Toujours
Belle Toujours
de Manoel de Oliveira
com Bulle Ogier, Michel Piccoli
França, Portugal, 2006 - 68 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Manoel de Oliveira presta tributo a Luis Buñuel, propondo em BELLE TOUJOURS uma continuação de BELLE DE JOUR, juntando os dois protagonistas de Buñuel, em Paris, 39 anos depois do seu encontro. Michel Piccoli volta a interpretar o papel de Henri, guardador do segredo que Séverine (Bulle Ogier no papel interpretado por Catherine Deneuve no primeiro filme) quer descobrir. Extremamente bem recebido à época, BELLE TOUJOURS não é apresentado na Cinemateca desde 2015.
15/07/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Bulle Ogier, Atriz Oceânica
Weisse Reise
“A Viagem Branca”
de Werner Schroeter
com Bulle Ogier (narração off), Jim Auwae, Tilly Soffing
Alemanha, 1980 - 60 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Schroeter realizou este filme entre O REINO DE NÁPOLES e PALERMO ODER WOLFSBURG, com um pequeno orçamento e um grupo de amigos. Filmado diante de telas pintadas, sem diálogos, com narração em off por Bulle Ogier e uma belíssima e eclética seleção musical (música árabe, havaiana, Schubert, canções francesas dos anos 30 por Fréhel e Tino Rossi), esta “viagem branca” é a de dois marinheiros embarcados num barco americano. As telas pintadas por Harald Vogel evocam portos, ruas, barcos e a voz da narradora conta-nos a história e leva-nos através dos mares. O filme narra uma viagem através do desejo e da paixão entre dois homens, que o texto narrativo em off descreve como pura e inocente. Um dos filmes mais belos e estilizados de Werner Schroeter. Esta foi a segunda das quatro colaborações entre Bulle Ogier e o realizador alemão (as demais são GOLDFLOCKEN, DEUX e NUIT DE CHIEN).