04/11/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
In Memoriam Robert Redford
Out Of Africa
África Minha
de Sydney Pollack
com Meryl Streep, Robert Redford, Klaus Maria Brandauer
Estados Unidos, 1985 - 161 min
legendado em português | M/12
Um dos mais célebres filmes de todos os tempos, vencedor de sete Oscares da Academia (entre eles o de melhor realização e de melhor filme), OUT OF AFRICA baseia-se num relato autobiográfico (memórias, impressões) da escritora dinamarquesa Karen Blixen, publicado em 1937, que já antes Orson Welles, David Lean e Nicolas Roeg teriam considerado adaptar. Melodrama romântico com a paisagem africana como cenário, OUT OF AFRICA junta pela penúltima vez o “duo” Redford-Pollack iniciado em 1966 em THIS PROPERTY IS CONDEMNED. Do desempenho do seu “cúmplice” neste filme, disse Sydney Pollack “não sei como hei-de classificar o talento de Redford – julgo que a palavra é inclassificável”.

A sessão repete no dia 12 às 19h30, na sala Luís de Pina

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04/11/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
O Trilho do Gato-William A.Wellman
Nothing Sacred
Nada É Sagrado
de William A. Wellman
com Carole Lombard, Fredric March, Charles Winninger, Walter Connolly
Estados Unidos, 1937 - 75 min
legendado eletronicamente em português | M/12
SESSÃO COM APRESENTAÇÃO

Não é o mais típico Wellman, é um filme único, e dos que mais estimava, desde logo por tê-lo construído à volta de Carole Lombard. Ao lado de Fredric March, no papel do jornalista que cobre, e alimenta, a história, a atriz interpreta uma mulher a quem é, erradamente, diagnosticada uma doença fatal por envenenamento, o que leva a uns dias de vida sonhada em Nova Iorque e a uma inaudita comoção nacional. As personagens, como a situação, são uma fraude, o frenesim é permanente, a violência da sátira ao mundo do sensacionalismo é tão extrema como a graça que tem. Uma produção Selznick, em Technicolor, a partir de um argumento creditado a Ben Hecht. “A característica mais abençoada de Wellman era a sua irreverência, cuja plenitude brilha no absurdo total de NOTHING SACRED, rara entre as mais geniais comédias screwball dada a substância patego-imbecil”, argumentava Peter von Bagh (Il Cinema Ritrovato, 2014). Frank T. Thompson via-o como uma “comédia negra” porque todas as subtilezas giram à volta da ideia da morte, alinhada com ganância, oportunismo, traição. Nada é sagrado. A apresentar em digital.


A sessão repete no dia 29 às 17h30, na sala M. Félix Ribeiro

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04/11/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
O Que Quero Ver
Domingo à Tarde
de António de Macedo
com Isabel de Castro, Ruy de Carvalho, Isabel Ruth
Portugal, 1965 - 93 min
M/12
Título marcante do Cinema Novo Português, DOMINGO À TARDE é o terceiro filme, depois de OS VERDES ANOS (Paulo Rocha, 1963) e BELARMINO (Fernando Lopes, 1964), a ser produzido por António da Cunha Telles e, como estes, um filme perfeitamente inserido nas tendências do novo cinema dos anos sessenta. “[Um] gosto de experimentar, cinema de montagem intenso, sincopado, (…) de inserir teoria dentro da ação fílmica” (Luís de Pina) são algumas das características desta obra amarga e sóbria, situada no meio hospitalar e que inclui o segmento de um filme fantástico que indica a dimensão experimental da obra futura de Macedo. Com argumento baseado no romance de Fernando Namora, a primeira longa-metragem de António de Macedo foi selecionada para a secção competitiva do Festival de Veneza de 1965.

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04/11/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Olhares do Mediterrâneo - Women's Film Festival
Grbavica
Filha da Guerra
de Jasmila Zbanic
com Mirjana Karanovic, Luna Lozic, Leon Lucev
Bósnia e Herzegovina, Croácia, Áustria, Alemanha, 2006 - 90 min
legendado eletronicamente em português | M/12
COM A PRESENÇA DE MIRJANA KARANOVIC
GRBAVICA acompanha Esma, uma mãe solteira que vive com a sua filha Sara de 12 anos no bairro que dá nome ao filme, em Sarajevo. Quando a criança descobre que os filhos dos chamados “heróis de guerra” têm direito a uma viagem escolar gratuita, Esma é obrigada a enfrentar um segredo doloroso, a verdadeira identidade do pai de Sara, cuja história está longe de ser heróica. Jasmila Žbanić constrói um retrato comovente das complexas relações familiares que persistem após o fim do conflito, onde as atrocidades da guerra continuam a correr no sangue de uma geração. Mirjana Karanović interpreta Esma neste filme que venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim de 2006. Primeira exibição na Cinemateca.

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