12/06/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Revisitar os Grandes Géneros: Era Uma Vez... O Western (Parte II)
Man In Wilderness
Um Homem na Solidão
de Richard C. Sarafian
com Richard Harris, John Huston, Henry Wilcoxon
Estados Unidos, 1971 - 104 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Apesar de mais conhecido pelo seu filme de culto da Nova Hollywood, VANISHING POINT, esta é a magnum opus de Richard C. Sarafian. Filme com Richard Harris e John Huston sobre a fé, a Natureza e a luta pela sobrevivência de um homem traído pelos seus iguais. Algumas imagens são de uma beleza arrebatadora, mas o que “impacta” é a viagem espiritual/a via sacra do protagonista e a comunicação íntima que vai estabelecendo com o meio natural que o envolve e interpela. Com argumento de Jack DeWitt, que lembra Jack London, este “grande filme” (Patrick Brion) convoca questões que reencontraremos no cinema de Werner Herzog, ainda que mais popular seja a “reescrita” de uma história semelhante pela mão do mexicano Alejandro G. Iñárritu no filme que valeu a Leonardo DiCaprio o já há muito prometido Óscar: THE REVENANT. Primeira apresentação na Cinemateca.

A sessão repete no dia 21 às 19h30, na sala Luís de Pina.

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12/06/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte V)
Dodge City
Vida Nova
de Michael Curtiz
com Errol Flynn, Olivia de Havilland, Bruce Cabbot
Estados Unidos, 1939 - 115 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um magnífico western em Technicolor, cujo protagonista é inspirado na lendária figura do xerife Wyatt Earp, embora a personagem tenha outro nome. Dodge City está inteiramente nas mãos de um criminoso a quem só interessa o dinheiro. Um forasteiro que ali chega para vender o seu gado recusa-se a negociar com ele e aceita tornar-se xerife da cidade para restabelecer a ordem. A única pessoa que pode levar o criminoso à prisão graças ao seu testemunho é uma jovem, por quem o novo xerife se apaixona. Curtiz e o seu diretor de fotografia captam magnificamente os espaços do Oeste e pontuam o filme com algumas sequências espetaculares, como uma corrida entre uma diligência e uma locomotiva, o galopar de uma manada em pânico e uma memorável rusga num saloon. A apresentar em cópia digital.

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12/06/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte IV)
Four Daughters
Quatro Filhas
de Michael Curtiz
com Claude Rains, Priscilla Lane, John Garfield
Estados Unidos, 1938 - 90 min
legendado eletronicamente em português | M/6
Baseado numa peça de Fanny Hurst, a autora do lacrimejante Imitation of Life, FOUR DAUGHTERS é um melodrama romântico sobre um modesto professor de música e as suas quatro filhas, todas elas talentosas músicas. Tudo se organiza à volta das relações entre elas e  os seus pretendentes, quando surge a figura de um outsider, um sombrio pianista que vem perturbar a ordem. Previsto para outro ator, o papel foi confiado ao estreante absoluto John Garfield, que recebeu o Oscar de melhor ator secundário e definiu de imediato a sua personalidade cinematográfica. Garfield declarou a este respeito: “Eu queria ser um ator que fizesse personagens um tanto fora da norma e foi Michael Curtiz que me deu a personalidade que fez de mim uma vedeta”. O filme teve duas sequelas, FOUR WIVES (1939), também de Curtiz, e FOUR MOTHERS (1941), de William Keighley e foi objeto de um remake em 1954, YOUNG AT HEART.

A primeira passagem do filme está programada numa sessão "Cinemateca Júnior – Sábados em Família"no dia 7 às 15h00, na sala M. Félix Ribeiro.

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12/06/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
À Pala de Camões

Em colaboração com a Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário dos Nascimento de Luís de Camões, a Biblioteca Nacional de Portugal e a Associação Portuguesa de Escritores
Non ou a Vã Glória de Mandar
de Manoel de Oliveira
com Luís Miguel Cintra, Diogo Dória, Miguel Guilherme, Luís Lucas
Portugal, Espanha, França, 1990 - 111 min
legendado em inglês | M/12
Em NON OU A VÃ GLÓRIA DE MANDAR, a História de Portugal é vista à luz das suas derrotas, contada pelo Alferes Cabrita aos homens da sua companhia em plena Guerra Colonial. Eis um filme sobre militares em guerra que evocam momentos de História, e que termina com a morte do Alferes Cabrita no dia 25 de Abril de 1974. É também um filme sobre os “Non” da História de Portugal – “Terrível palavra é um Non. Não tem direito, nem avesso: por qualquer lado que o tomeis, sempre soa, e diz o mesmo” (Padre António Vieira). E sendo tudo isso, é, como sugeriu Manoel de Oliveira, “uma espécie de versão de Os Lusíadas virada do avesso”, já que destaca os desaires na nação. E sendo uma (in)versão trágica da epopeia, não deixa de lhe prestar homenagem, numa das sequências mais fulgurantes de criatividade e erotismo, aquela que o realizador dedica ao episódio da Ilha dos Amores.

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