09/06/2025, 16h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Revisitar os Grandes Géneros: Era Uma Vez... O Western (Parte II)
Two Mules For Sister Sara
Os Abutres Têm Fome
de Don Siegel
com Clint Eastwood, Shirley MacLaine, Manolo Fabregas, Alberto Morin
Estados Unidos, , 1970 - 116 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Western e comédia ambientada no México, com Clint Eastwood (um cowboy) e Shirley MacLaine (uma atraente prostituta mascarada de freira atraente) como par romântico. O CinemaScope e o Technicolor adequam-se à vastidão da paisagem e ao colorido guarda-roupa de MacLaine, seguindo-os na aventurosa vida de pecado que levam até abandonarem o filme, montados em mulas entre laçarotes vermelhos. Foi o segundo Siegel de Eastwood, de volta ao deserto de que COOGAN’S BLUFF o tinha retirado em temporária viagem a Nova Iorque. A história original é de Budd Boetticher. A apresentar em cópia digital.

A sessão repete no dia 20 às 19h30, na sala Luís de Pina.

consulte a FOLHA da CINEMATECA aqui
09/06/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
À Pala de Camões

Em colaboração com a Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário dos Nascimento de Luís de Camões, a Biblioteca Nacional de Portugal e a Associação Portuguesa de Escritores
Miramar
de Júlio Bressane
com João Rebello, Giulia Gam, Diogo Vilela, Louise Cardoso, Fernanda Torres
Brasil, 1997 - 80 min
legendado electronicamente em português | M/12
Uma sessão camoniana com sotaque brasileiro. Um filme que narra a trajetória de formação de um cineasta: João Miramar. MIRAMAR é, possivelmente, o mais autobiográfico dos filmes de Júlio Bressane – nome de referência do chamado Cinema Marginal brasileiro. Protagonizado pelo adolescente João Rebello no papel de um jovem intelectual curioso, este percorre vários locais icónicos do Rio de Janeiro e cruza-se com uma série de mulheres: uma atraente professora de literatura (Bio Nunes) ajuda-o a descobrir a poesia de Camões; uma produtora insaciável (Fernanda Torres) ensina-o a ser fiel às suas próprias ideias; uma encantadora atriz (Giulia Gam) envolve-o num apaixonado romance. Todas essas experiências, mescladas às recordações da infância (imagens de arquivo, excertos doutros filmes), vão amadurecendo Miramar que, no fim, agarra numa câmara de 16mm e concretiza seu tão almejado sonho.

A sessão repete no dia 14 às 19h30, na sala Luís de Pina.

consulte a FOLHA da CINEMATECA aqui.
 
09/06/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte V)
Daughters Courageous
Filhas Corajosas
de Michael Curtiz
com Claude Rains, John Garfield, Fay Bainter
Estados Unidos, 1939 - 115 min
legendado eletronicamente em português | M/6
Um drama familiar, com um tema um tanto ousado para Hollywood. Uma mulher que criou sozinha as quatro filhas, já adultas, prepara-se para casar-se com um amigo da família, quando o seu ex-marido, que abandonara a família há vinte anos para correr mundo, reaparece. Não é muito bem recebido, mas para conquistar as filhas encoraja o romance de uma delas com um turbulento marinheiro de origem portuguesa (John Garfield). Mas o homem se apercebe que o marinheiro talvez não tenha o temperamento ideal para o matrimónio e encontra uma solução original para o problema. Primeira exibição na Cinemateca.

A segunda passagem do filme está programada numa sessão "Cinemateca Júnior – Sábados em Família", no dia 14 às 15h00, na sala M. Félix Ribeiro.

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09/06/2025, 21h00 | Sala M. Félix Ribeiro
À Pala de Camões

Em colaboração com a Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário dos Nascimento de Luís de Camões, a Biblioteca Nacional de Portugal e a Associação Portuguesa de Escritores
A Comédia de Deus
de João César Monteiro
com João César Monteiro, Cláudia Teixeira, Manuela de Freitas, Nuno Lopes, Ana Padrão
Portugal, França, Itália, Dinamarca, 1995 - 169 min
legendado em inglês | M/12
Segunda parte da saga de João de Deus, a personagem criada por César Monteiro em RECORDAÇÕES DA CASA AMARELA, agora gerente do “Paraíso do Gelado” e inventor da especialidade da casa, o gelado “Paraíso”. RECORDAÇÕES terminava no esgoto, A COMÉDIA DE DEUS começa pelas estrelas. Como o anterior, A COMÉDIA é um filme corrosivo e sacral, entre galáxias e uma coleção de pêlos púbicos femininos guardados num álbum chamado “Livro dos pensamentos”. É, claramente, uma paródia de A DIVINA COMÉDIA, de Manoel de Oliveira, mas extravasa em muito essa dimensão. Além disso, César Monteiro congrega uma série de textos deliciosamente viciosos de Sade, Bataille e… Luís Vaz de Camões. Aliás, o soneto camoniano que o realizador evoca (“Um mover de olhos, brando e piedoso”) já havia sido citado em QUEM ESPERA POR SAPATOS DE DEFUNTO MORRE DESCALÇO. Poema esse que Torcato Sepúlveda chamou, a propósito do filme de César Monteiro, “o mais perverso soneto de Camões”.

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