06/06/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Billy Woodberry | Realizador Convidado
Pather Panchali
de Satyajit Ray
com Kanu Bannerjee, Karuna Bannerjee, Subir Banerjee
Índia, 1955 - 125 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Sessão de dia 18 apresentada por José Manuel Costa
Primeira obra de Satyajit Ray e primeiro título da chamada “trilogia de Apu”, que representa três fases da vida da personagem homónima, PATHER PANCHALI revelou um cineasta maior, um universo novo em que confluem a cultura indiana, uma dimensão universal e humanista.  É um filme de exteriores, atores não profissionais, fotografia esplendorosa, uma fortíssima carga poética. Segue a história de uma família pobre numa aldeia remota de Bengala cujo pai, aspirante a poeta e dramaturgo, parte para a cidade procurando melhores condições de vida para todos, enquanto, junto da independente irmã mais velha, Durga, da mãe atormentada que fica com a família a cargo, e de uma singular prima anciã, o pequeno Apu vive uma infância livre mas ameaçada pela pobreza extrema. “O tipo de cinema que flui com a serenidade e a nobreza de um grande rio.” (Akira Kurosawa) Um filme prodigioso. A apresentar em cópia digital.

A sessão repete no dia 18 às 21h30, na sala M. Félix Ribeiro.

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06/06/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Revisitar os Grandes Géneros: Era Uma Vez... O Western (Parte II)
The Wild Bunch
A Quadrilha Selvagem
de Sam Peckinpah
com William Holden, Ernest Borgnine, Robert Ryan, Edmond O’Brien, Emilio Fernandez
Estados Unidos, 1969 - 134 min
legendado eletronicamente em português | M/12
THE WILD BUNCH foi um dos filmes que mudaram o cinema no fim da década de sessenta, constituindo um momento de viragem decisivo nos códigos que limitavam a representação da violência. Um western selvagem (realizado num momento em que o género praticamente desaparece nos Estados Unidos, tendo emigrado para a Itália e a Espanha), como o título, onde os últimos heróis (ou anti-heróis) se imolam numa orgia de sangue durante a revolução mexicana. Um dos filmes mais célebres e amados de Sam Peckinpah.

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06/06/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte V)
Black Fury
Fúria Negra
de Michael Curtiz
com Paul Muni, William Gargan, Tully Marshall
Estados Unidos, 1935 - 94 min
legendado eletronicamente em português | M/12
No seu ecletismo, Michael Curtiz não se esqueceu dos temas sociais, de que é exemplo este filme, sobre o qual paira a sombra da crise económica e social iniciada em 1929. A ação tem lugar nas minas de carvão da Pensilvânia e o protagonista é um imigrante da Europa Central. Durante uma manifestação pelos direitos dos trabalhadores, um agente de segurança (na verdade, um gangster) a mando da direção da mina mata o companheiro que o levara a aderir às manifestações. O homem toma então uma decisão drástica. Para a rodagem, foi construída no Warner Ranch uma autêntica mina, com túneis e carris. O filme causou algum escândalo nos Estados Unidos à época por recordar o homicídio de um mineiro em condições idênticas. Quando BLACK FURY foi apresentado à época em Portugal, Roberto Nobre escreveu que “toda a película mantém o «clima» devido. Esquecer-se-ia da ficção se não fossem os gangsters metidos artificialmente” nesta obra “forte, empolgante, comovedora, digna de ser admirada”. Primeira exibição na Cinemateca.

A sessão repete no dia 20 às 15h30, na sala M. Félix Ribeiro.

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06/06/2025, 22h00 | Sala M. Félix Ribeiro
À Pala de Camões

Em colaboração com a Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário dos Nascimento de Luís de Camões, a Biblioteca Nacional de Portugal e a Associação Portuguesa de Escritores
Pousada Das Chagas - Uma Representação Sobre o Museu de Óbidos | Lisboa Cultural
POUSADA DAS CHAGAS – UMA REPRESENTAÇÃO SOBRE O MUSEU DE ÓBIDOS
de Paulo Rocha
com Clara Joana, Luís Miguel Cintra
Portugal, 1971 – 17 min

LISBOA CULTURAL
de Manoel de Oliveira
Portugal, França, 1983 – 61 min

Duração total da projeção: 78 min | M/12

Dois filmes-encomenda, dois filmes colagem, dois filmes histórico-literários, dois filmes paradigmáticos das obras dos respetivos realizadores. Encomendado pela Fundação Gulbenkian a Paulo Rocha, filmado já depois do início das viagens ao Japão, POUSADA DAS CHAGAS baseia-se em textos de Camões, Pessoa, Garcia Lorca, Rimbaud, Mário Cesariny, Lao Tzu, Tao Chien, Mumon, e é fulgurantemente interpretado por Luis Miguel Cintra e Clara Joana. "A ILHA [DOS AMORES] e a POUSADA são filmes ópera, neo-kabuki (...) numa estética de excesso (…) [que] tenta refundir fragmentos de um mundo fraturado" (Paulo Rocha). Já LISBOA CULTURAL, integrado na série documental “Capitais Culturais da Europa”, não é um documentário sobre Lisboa, é uma reflexão sobre o discurso cultural de Lisboa que conta com as participações de Eduardo Lourenço, Diogo Dória, Maria Barroso, José Azeredo Perdigão, José-Augusto França ou Eduardo Prado Coelho, que, por sua vez, evocam Camões, Pessoa, Fernão Lopes, Nuno Gonçalves, entre muitos outros escritores, criadores, pensadores, artes e correntes de pensamento associados à capital.  

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