04/06/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
CAMÕES
de Manuel Faria de Almeida
Portugal, 1966 – 13 min
ENTREGA DE UM BUSTO DE LUÍS DE CAMÕES
de António Campos
Portugal, 1968 – 3 min
LUÍS DE CAMÕES
de Renata Sancho
com/por Hélder Macedo
Portugal, 2007 – 40 min
TAPROBANA
de Gabriel Abrantes
com Jani Zhao, Natxo Checa, João Pedro Vale, Alexandre Melo
Portugal, 2014 – 23 min
Duração total da projeção: 80 minutos | M/12
Uma sessão de curtas que procura questionar o mito e humanizar o poeta. Um “processo de desconstrução”, que vai da habitual hagiografia à mais provocadora das representações do homem que deu pelo nome de Luís. Faria de Almeida, um ano depois de este ter visto o seu CATEMBE completamente esquartejado pela Censura, recebeu uma encomenda do Ministério da Educação Nacional que lhe pediu um “material pedagógico” sobre a vida e obra do poeta. Embora instrumental, CAMÕES revela – através das poucas imagens exteriores – o mesmo fascínio solar que caracteriza o cinema de Faria de Almeida. Também António Campos parte de uma encomenda, da Fundação Calouste Gulbenkian, e transforma uma “cerimónia solene” numa análise etnográfica da socialite parisiense. Por fim, dois filmes recentes que procuram, ativamente, rever e reescrever a imagem de Camões: Renata Sancho realizou para a RTP, no âmbito do concurso “Grande Portugueses”, um documentário guiado pelo professor Hélder Macedo que atualiza e contemporiza a figura do poeta à luz do século XXI; e Gabriel Abrantes assina uma comédia escatológica que acompanha a lua-de-mel do poeta Luís Vaz de Camões com Ti-nan-men, uma chinesa por quem se apaixonou, no Oriente, quando escreveu
Os Lusíadas. Dois filmes revêem o poeta enquanto figura carnal, tão erótico quanto violento, tão heroico quanto burlesco. Com exceção de CAMÕES, os demais filmes são apresentados pela primeira vez na Cinemateca.
consulte a FOLHA da CINEMATECA aqui.