22/05/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Eduardo Geada, O Olhar Do Desejo
Viridiana
Viridiana
de Luis Buñuel
com Sílvia Pinal, Fernando Rey, Francisco Rabal
Espanha, México, 1961 - 90 min
legendado em português | M/12
Buñuel estava há mais de vinte anos radicado no México, quando foi, com alguma pompa, convidado para voltar a filmar em Espanha. Quem se lembrou da brilhante ideia (Gustavo Alatriste) depressa se arrependeu. Buñuel foi ao mais fundo e mais provocatório do seu anticlericalismo e fez de VIRIDIANA uma ferocíssima sátira o catolicismo e à sua presença na sociedade espanhola (acabando condenado pelo Papa João XXIII por blasfêmia e indecência). Para grande embaraço do governo, o filme ganhou a Palma de Ouro em Cannes. O Diretor Geral da Cinematografia foi posto na rua e Franco tentou proibir que a obra fosse estreada na Europa (em Espanha e Portugal foi, naturalmente, proibida). Buñuel voltou para o México sem que alguém lhe pedisse para ficar.

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22/05/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte IV)
Der Junge Medardus
“O Jovem Medardus”
de Michael Kertész/Michael Curtiz
com Michael Várkony, Anny Hornik, Maria Hegyesi
Áustria, 1923 - 105 min
mudo, legendado eletronicamente em português | M/12
Depois de sete anos (1912-19) intensos e produtivos na sua Hungria natal, Mihály Kertész (que neste filme assina Michael) realizou dezoito filmes na Áustria entre 1919 e 1926, antes de emigrar para os Estados Unidos. DER JUNGE MEDARDUS adapta uma peça epónima de Schnitzler, que colaborou na adaptação cinematográfica do seu texto. A ação tem lugar em 1809, aquando da conquista de Viena por Napoleão. Um jovem patriota é instigado pela sua amante a matar o imperador francês, mas a tentativa de atentado não corre como previsto. DER JUNGE MEDARDUS é uma grande produção realizada em parte nas ruas de Viena e em parte em bem equipados estúdios e é considerado um dos filmes mais marcantes do período mudo da carreira de Curtiz.

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22/05/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Eduardo Geada, O Olhar Do Desejo
Retratos Da Madeira: Virgílio Teixeira + Impossível Evasão
RETRATOS DA MADEIRA: VIRGÍLIO TEIXEIRA
de Eduardo Geada
Portugal, 1989-90 – 29 min

IMPOSSÍVEL EVASÃO
de Eduardo Geada
com Artur Semedo, Maria do Céu Guerra, Manuel Cavaco, Lucilina Sobreiro
Portugal, 1983 – 55 min

Duração total da projeção: 110 min | M/12

IMPOSSÍVEL EVASÃO adapta a novela homónima de Urbano Tavares Rodrigues, no âmbito da série LISBOA SOCIEDADE ANÓNIMA. Tratando-se do quinto tomo da série, a ação decorre entre o final dos anos 1950 e o início da década seguinte (a ponte sobre o Tejo está em construção e começam a ouvir-se os alvores da guerra), retratando o dia a dia de Rosário (Maria do Céu Guerra), casada com um pequeno funcionário publico (vivem num quarto alugado e estão sempre a contar os tostões), que encontra um amante de uma outra classe social e com outras posses. Rosário vê nele a possibilidade de se evadir do quotidiano rançoso em que se viu enredada. Tavares Rodrigues afirmou que “(...) se algum protesto (nesta história que eu quis quanto possível lisa e nua) de entre muitos outros protestos mais audivelmente se eleva, é o que visa os falsos pais, falsos maridos, falsos amantes, falsos mestres, falsos valentes.” A abrir a sessão, um episódio da série RETRATOS DA MADEIRA, realizada por Eduardo Geada para a RTP Madeira, desta feita dedicado ao ator funchalense Virgílio Teixeira, rosto de vários filmes do cinema português das décadas de 1940 e 50, e provavelmente o mais internacional dos atores da sua geração (teve uma curta carreira em Hollywood, trabalhando com Robert Rossen, King Vidor ou David Lean). Os dois títulos serão apresentados em cópias digitais, provenientes da RTP Arquivos.

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22/05/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte IV)
The Hangman
O Carrasco
de Michael Curtiz
com Robert Taylor, Tina Louise, Jack Lord
Estados Unidos, 1959 - 85 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um western, realizado quando o género conhecia um verdadeiro apogeu e que marca a única colaboração entre Curtiz e Robert Taylor, no papel de um intransigente chefe de polícia conhecido como “O Carrasco” porque encontra sempre as suas vítimas, que viaja em busca de um homem que cometera um crime anos atrás. Taylor encontra o homem e prende-o, mas as circunstâncias levá-lo-ão a abandonar o seu sentido estrito da justiça. No seu livro sobre Curtiz, Pablo Mérida considera este filme “um western atípico e incompreendido, com o qual Curtiz desafiou os gostos da época ao filmar a preto e branco e não incluir nenhum duelo final, além de que não há um verdadeiro «mau» no filme”. Primeira exibição na Cinemateca.

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