23/05/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Eduardo Geada, O Olhar Do Desejo
Le Notti Di Cabiria
As Noites de Cabiria
de Federico Fellini
com Giulietta Masina, François Périer, Franca Marzi, Amedeo Nazzari
Itália, 1957 - 117 min
legendado em espanhol e eletronicamente em português | M/12
André Bazin escreveu que LE NOTTI DI CABIRIA “rematava” o neo-realismo, “ultrapassando-o numa reorganização poética do mundo”. Embebida de uma vontade de incorporar a realidade e o documento na ficção, de fundir o sublime e o prosaico, a religiosidade e o paganismo, esta história de uma prostituta desgraçada, naquele que é um filme-charneira na obra de Fellini. Essa transformação fez-se a partir da mais “chapliniana” personagem de Fellini, e também um dos mais célebres papéis de Giulietta Masina, Cabiria. “O palhaço é, no sistema dramático de Fellini, a cristalização das ‘qualidades’ e dos ‘defeitos’ simplesmente humanos. Portanto, de certo modo, são palhaços personagens aparentemente tão distintas como o Cheik Branco, os vitelloni, Cabíria, a burguesia fútil de DOLCE VITA, a protagonista e os fantasmas de JULIETA, os figurantes de SATYRICON, até se chegar a OS CLOWNS.” (Eduardo Geada, Cinema e Transfiguração)

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23/05/2025, 18h30 | Sala Luís de Pina
Sessão Especial Muhnac
Sessão Especial Muhnac
Sessão apresentada por Ariana Furtado, Catarina Laranjeiro, Inês Vieira Gomes
GUINÉ, BERÇO DO IMPÉRIO 1446-1946
de António Lopes Ribeiro
Portugal, 1946 – 18 min

ADEUS, ATÉ AO MEU REGRESSO
de António-Pedro Vasconcelos
Portugal, 1974 – 70 min

Duração total da projecção: 88 min | M/12

ADEUS, ATÉ AO MEU REGRESSO é um filme realizado para televisão em dezembro de 1974 no fim da guerra colonial. O título adota a expressão utilizada pelos soldados portugueses quando, do teatro de guerra, enviavam as suas mensagens de Natal para a metrópole, como então também se dizia. António-Pedro Vasconcelos regista testemunhos de soldados que combateram na Guiné retratando a guerra colonial portuguesa quando esta era ainda uma realidade muito próxima. A apresentar em cópia digital. A abrir a sessão, GUINÉ, BERÇO DO IMPÉRIO 1446-1946, realizado aquando da Missão Cinegráfica às Colónias de África, apresenta diversos aspetos do território então sob administração portuguesa.

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23/05/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Eduardo Geada, O Olhar Do Desejo
Saudades Para Dona Genciana
de Eduardo Geada
com Estrela Novais, Luís Lucas, Hélder Costa, Maria do Céu Guerra, Artur Semedo
Portugal, , 1984 - 82 min
M/12
Depois de adaptar o conto Uma Viagem na Nossa Terra, para a série LISBOA SOCIEDADE ANÓNIMA, Eduardo Geada regressa à obra de José Rodrigues Miguéis para filmar outra história do escritor, igualmente publicada no livro Léah e Outras Histórias. Tudo acontece numa pensão na Avenida Almirante Reis entre 1918 e 1926 (cuidadosamente reconstituída nos estúdios da Tobis). A ação decorre entre dois golpes, o de Sidónio Pais (1917) e o de Costa Gomes (28 de Maio de 1926): a turbulência da 1.ª República, os atentados dos grupos anarquistas, a transformação dos costumes (os “loucos anos 20”) e o sensacionalismo da imprensa. Mas tudo a partir do espaço doméstico, entre lençóis e toalhas de mesa, através de janelas e buracos de fechadura. Naquela pensão encenam-se amores e desamores, promessas e traições, um casamento em falência, o ressentimento acinzentado dos burocratas e a tragédia de Maria Alves, a atriz assassinada pelo empresário teatral, cuja investigação tornaria famoso Reinaldo Ferreira (o Repórter X) e inspiraria o filme O TÁXI N. 9297 (que Eduardo Geada homenageia). Uma reflexão íntima sobre o momento histórico e a situação social que “prepararam” o Estado Novo. A exibir em nova cópia digital, produzida no âmbito do PRR.

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23/05/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte IV)
Doctor X
O Monstro
de Michael Curtiz
com Lionel Atwill, Fay Wray, Lee Tracy
Estados Unidos, 1932 - 75 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um brilhante thriller em que um repórter segue diversos crimes ligados ao canibalismo. Entretanto, um conhecido médico também faz as suas pesquisas para esclarecer o mistério, antes que os caminhos dos dois homens se cruzem. O principal papel feminino foi confiado a Fay Wray, que no ano seguinte entraria para a história do cinema ao participar em KING KONG. O filme de Curtiz foi rodado em Technicolor, mas frequentemente distribuído em cópias a preto e branco, tendo-se chegado ao ponto em que não se sabia do paradeiro de nenhuma cópia a cores. Mas uma foi encontrada no arquivo pessoal de Jack Warner depois da sua morte e, evidentemente, esta será a versão apresentada na Cinemateca. Primeira exibição na Cinemateca.

A sessão repete no dia 30 às 15h30, na sala M. Félix Ribeiro.

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