12/05/2025, 16h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte IV)
Front Page Woman
de Michael Curtiz
com Bette Davis, George Brent, June Martel
Estados Unidos, 1935 - 82 min
legendado eletronicamente em português | M/12
FRONT PAGE WOMAN é o quarto dos seis filmes em que Michael Curtiz trabalhou com Bette Davis. Um ano antes deste filme e depois de muita insistência e cerca de vinte papéis, a atriz tivera finalmente o seu talento reconhecido, graças a OF HUMAN BONDAGE e o filme de Curtiz foi o primeiro que fez depois de receber este reconhecimento. Trata-se de uma comédia feminista, em que uma mulher e o seu namorado são repórteres para jornais rivais. Ela avisa-o que só se casará com ele depois de ele reconhecer que ela pode ser tão boa repórter quanto qualquer homem. O filme foi feito num interessante momento do percurso da atriz, que deixara os papéis de ingénua e ainda estava longe de ser estereotipada como “malvada”. Primeira exibição na Cinemateca.

A sessão repete no dia 27 às 19h30, na sala Luís de Pina.

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12/05/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Eduardo Geada, O Olhar Do Desejo
Sofia e a Educação Sexual
de Eduardo Geada
com Io Apolloni, Luísa Nunes, Carlos Ferreira, Artur Semedo
Portugal, 1974 - 101 min
M/12
Filmado em 1973, sem apoios e com um orçamento mínimo, o filme centra-se na história de Sofia (interpretada pela estreante Luísa Nunes) que, ao regressar do colégio suíço onde foi internada após o falecimento da mãe, descobre na relação do seu pai (Artur Semedo) com uma nova mulher (Io Apolloni) uma realidade equívoca à qual não conseguirá escapar. Os olhares e os corpos entrecruzam-se, através de jogos de espelhos, manipulações sexuais, filmes perversos e choques de classe. Para isso contribui a presença de Jorge (Carlos Ferreiro), um jovem intelectual, professor de liceu, realizador de filmes amadores (mais ou menos eróticos) e leitor de Gustave Flaubert. Perdida nestas triangulações amorosas, Sofia deixa-se levar pelos fluxos do desejo, castigando-se pela sua entrega ao prazer. Organizado em três capítulos – Iniciação, Prática, Recapitulação – SOFIA E A EDUCAÇÃO SEXUAL é, segundo as próprias palavras do seu autor, um filme que “procura desmontar algumas das obsessões da burguesia nacional”. Pela sua ousadia política e pelo seu retrato despudorado da sexualidade feminina, o filme seria considerado como “dissolvente dos valores morais estabelecidos” e acusado “de levantar intencionalmente problemas de ordem sociopolítica.” Ou seja, só estrearia depois do 25 de Abril, num ciclo de filmes proibidos. A exibir em nova cópia digital, produzida no âmbito do PRR.

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12/05/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte IV)
Mammy
de Michael Curtiz
com Al Jolson, Lois Moran, Louise Dresser
Estados Unidos, 1930 - 84 min
legendado eletronicamente em português | M/12
MAMMY, que marcou a estreia de Curtiz no filme musical, foi rodado a preto e branco, mas com a inclusão de algumas sequências em Technicolor. Protagonizado por Al Jolson, então no auge da fama por ter protagonizado o primeiro filme inteiramente sonoro, THE JAZZ SINGER, em 1927, e que parece ter intervindo bastante no trabalho de Curtiz, o filme é narrado em flashback por Jolson, cuja personagem se transformara num vagabundo. Num barco que leva uma companhia de artistas pelo rio Mississippi, ele apaixonara-se por uma colega, que por sua vez se apaixonara por um terceiro membro da companhia. O filme foi um inesperado triunfo de bilheteira, confirmando definitivamente a posição de Curtiz em Hollywood. Primeira exibição na Cinemateca.

A sessão repete no dia 31 às 19h00, na sala M. Félix Ribeiro.

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12/05/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Eduardo Geada, O Olhar Do Desejo
Pierrot Le Fou
Pedro, O Louco
de Jean-Luc Godard
com Jean-Paul Belmondo, Anna Karina, Samuel Fuller
França, 1965 - 110 min
legendado em português | M/12
sessão com apresentação
Emblema dos anos 1960, emblema do cinema moderno no sentido histórico do termo, PIERROT LE FOU adquiriu há muito tempo o estatuto de clássico. O mais famoso filme de Godard, de “uma beleza sublime” no dizer de Louis Aragon, continua a entusiasmar as novas gerações que o descobrem pela primeira vez. Um homem e uma mulher, Pierrot e Marianne, deixam subitamente Paris e saem pelas estradas de França, “vivendo perigosamente até ao fim”. Amam-se e matam(-se), mas principalmente recusam a civilização tal como o pequeno-burguês a concebe, vivendo o instante e o dia a dia. A fotografia a cores de Raoul Coutard é um verdadeiro compêndio de muitas tendências estéticas da época como o é o som recriado por Antoine Bonfanti. No seu primeiro filme, SOFIA E A EDUCAÇÃO SEXUAL, Eduardo Geada presta homenagem ao filme de Godard quando encena uma ida ao cinema em que o casal Sofia/Jorge assistem a PIERROT LE FOU, filme que estava então proibido pela censura e só estrearia em julho de 1974 (num ciclo de “Cinema Proibido” programado pelo próprio Eduardo Geada).






A sessão repete no dia 27 às 15h30, na sala M. Félix Ribeiro.

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