The Rescue, um dos últimos romances de Conrad cuja escrita tinha porém sido começada nos seus inícios, foi também a última história de uma das suas primeiras personagens-chave, Tom Lingard (V. acima nota sobre OUTCAST OF THE ISLANDS), que aqui, ao pretender ajudar uma comunidade nativa do Arquipélago Malaio, se deixa desviar para salvar um iate dum casal inglês, vendo-se envolvido num conflito entre honra e paixão. Para além da vertente melodramática subjacente a outras obras, esta acabou por ser marcada por um
excesso operático que o próprio escritor acentuou e que poderia aliás constituir mais um chamariz curioso na ligação ao cinema. Brenon (realizador com aura considerável no tempo do mudo, contemporâneo de Griffith), estava então no auge do seu reconhecimento, sendo considerado um autor sofisticado que se impôs por algum tempo ao crescente poder dos estúdios. Para além de Conrad, há assim não poucos motivos de expectativa em relação a este filme, que foi por cá distribuído à época, mas que é hoje uma obra rara, tendo aliás sobrevivido apenas numa versão amputada de uma bobina. Primeira apresentação na Cinemateca.
A sessão repete no dia 15 às 19h30, na sala Luís de Pina.
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