CICLO
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)


Em março entramos na segunda etapa do nosso percurso através da obra gigantesca e multinacional de Michael Curtiz, que se estenderá até junho e que nos permitirá ver e rever “apenas” metade da sua produção, ou seja, mais de oitenta filmes, realizados entre o período da Primeira Guerra Mundial e o início dos anos 60. Curtiz trabalhou na Hungria, na Áustria e nos Estados Unidos e o princípio que orientou a programação deste ciclo foi o de não apresentar a sua obra de modo cronológico, mas misturando os seus diversos períodos e os géneros que abordou, de modo a mostrar mais claramente a variedade e o ecletismo do seu cinema e o do próprio cinema. Em março, propomos treze filmes de Mihály Kersétz/Michael Curtiz, com um exemplo do seu trabalho na Hungria e outro daquilo que fez na Áustria, um filme mudo americano, seis daquele que costuma ser considerado como o seu melhor período – os anos 30 – e alguns exemplos do período final do seu trabalho. Entre filmes raríssimos e obras célebres, do mudo ao Technicolor, o nome de Michael Curtiz confunde-se com o próprio cinema.
 
01/03/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)

Good Time Charley
de Michael Curtiz
Estados Unidos, 1927 - 70 min
 
03/03/2025, 16h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)

Captain Blood
O Capitão Blood
de Michael Curtiz
Estados Unidos, 1935 - 114 min
 
05/03/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)

Wege Des Schreckens
“Até ao Crime”
de Mihály Kertész/Michael Curtiz
Áustria, 1921 - 86 min
06/03/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)

Bright Lights
de Michael Curtiz
Estados Unidos, 1930 - 69 min
07/03/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)

20,000 Years In Sing Sing
Vinte Mil Anos em Sing-Sing
de Michael Curtiz
Estados Unidos, 1932 - 78 min
01/03/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)
Good Time Charley
de Michael Curtiz
com Warner Oland, Helene Costello, Montagu Love
Estados Unidos, 1927 - 70 min
mudo, com intertítulos em inglês e legendagem eletrónica em português | M/12
Quarto filme realizado por Curtiz em Hollywood para a Warner Bros., onde faria quase toda a sua carreira americana. Neste período Darryl Zanuck, que viria a ser um dos grandes produtores da Hollywood clássica, exercia na Warner a função de argumentista, uma faceta um tanto esquecida da sua atividade, mas que se manifestou em mais de oitenta filmes, muitas vezes com pseudónimos. Jack Warner nomeou-o “supervisor” do trabalho de Curtiz que, pelo que se sabe, não apreciava muito esta colaboração. Baseado numa história escrita por Zanuck, GOOD TIME CHARLEY é um melodrama: uma jovem atriz em ascensão consegue um lugar para o seu pai, que fora à falência depois da morte da mulher, no espetáculo em que é protagonista, mas a situação complica-se. O filme foi realizado em 1927, o ano do primeiro filme com som gravado, THE JAZZ SINGER, e posteriormente foi-lhe acrescentado som por um sistema de discos, o que foi o caso de muitos outros filmes do período. Primeira apresentação na Cinemateca.





A sessão repete no dia 17 às 19h30, na sala Luís de Pina.


consulte a FOLHA da CINEMATECA aqui
 
03/03/2025, 16h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)
Captain Blood
O Capitão Blood
de Michael Curtiz
com Errol Flynn, Olivia de Havilland, Basil Rathbone
Estados Unidos, 1935 - 114 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um espetacular filme de aventuras, misto de swashbuckler (filme de espadachins) e filme de piratas, baseado num romance de 1922 que se tornou rapidamente um clássico da literatura juvenil e teve uma primeira adaptação cinematográfica em 1924. Um médico irlandês é exilado na Jamaica como escravo e torna-se um temível pirata. Foi o primeiro de nove filmes a reunir Errol Flynn e Olivia de Havilland e transformou-os imediatamente em vedetas. Para as grandes batalhas navais foram utilizados trechos de THE SEA HAWK (1924) e THE DIVINE LADY (1929), de Frank Lloyd, ao passo que o longo duelo entre Flynn e Basil Rathbone foi imediatamente considerado um trecho de antologia. O enorme êxito do filme marcou o início de uma nova etapa na carreira de Curtiz, que passou a ser considerado o realizador ideal para este tipo de filmes. CAPTAIN BLOOD não é apresentado na Cinemateca desde 2016.


A sessão repete no dia 8 às 17h30, na sala M. Félix Ribeiro.

consulte a FOLHA da CINEMATECA aqui

 
05/03/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)
Wege Des Schreckens
“Até ao Crime”
de Mihály Kertész/Michael Curtiz
com Lucy Doraine, Alfons Fryland, Max Devrient
Áustria, 1921 - 86 min
mudo, com intertítulos em francês e legendagem eletrónica em português | M/12
com acompanhamento ao piano por João Paulo Esteves da Silva
WEGE DES SCHRECKENS é um dos dezoito filmes que Curtiz realizou na Áustria depois de deixar o seu país natal em 1919. Típico da época, o argumento conta a história rocambolesca dos amores contrariados entre o filho de um industrial e uma criada, que é expulsa de casa pelos patrões, torna-se secretária e prostituta de luxo, antes de reencontrar o seu amado. Sobre esta história, Curtiz realizou um filme veloz e eficaz, com grande variedade de ângulos de câmara, flashbacks, ruturas de ritmo. O filme chega ao fim com uma espetacular perseguição. WEGE DES SCHRECKENS foi apresentado uma vez na Cinemateca em 2009 e Manuel Cintra Ferreira foi de opinião que neste filme “o talento de Michael Curtiz estava já bem formado e desenvolvido. O que virá depois é apenas um aperfeiçoamento produzido pelas alterações e desenvolvimento técnicos e os meios que ficam à sua disposição”.

consulte a FOLHA da CINEMATECA aqui
 
06/03/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)
Bright Lights
de Michael Curtiz
com Dorothy Mackaill, Frank Fay, Noah Beery
Estados Unidos, 1930 - 69 min
legendado eletronicamente em português | M/12
BRIGHT LIGHTS é o terceiro musical a ter sido realizado por Curtiz e é um exemplo perfeito do cinema americano anterior ao Código Hays, de 1934, que imporia regras ultra-puritanas e racistas. Neste filme, uma atriz que faz o seu adeus aos palcos para casar-se, dá uma conferência de imprensa em que conta o seu passado de modo idealizado, mas este é ilustrado em flashbacks que mostram que ela está a omitir várias verdades. No fim do espetáculo um vilão que a atormentara no passado (um contrabandista português) vai vê-la no camarim para ameaçá-la. Há um conflito durante o qual o homem morre, mas todos os presentes dão falsos testemunhos à polícia. O filme tem cinco números musicais e foi filmado em Technicolor de duas bandas, mas as únicas cópias completas a terem sobrevivido são a preto e branco. Primeira apresentação na Cinemateca.


A sessão repete no dia 12 às 19h30, na sala Luís de Pina.




 
07/03/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)
20,000 Years In Sing Sing
Vinte Mil Anos em Sing-Sing
de Michael Curtiz
com Spencer Tracy, Bette Davis, Arthur Byron
Estados Unidos, 1932 - 78 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Uma das principais características da produção da Warner Bros. nos anos 30 foi o “realismo”, mais exatamente a atenção às classes populares e aos seus dramas, entre os quais a queda na criminalidade de alguns dos seus membros. Em 20,000 YEARS IN SING SING, como indica o título, estamos na célebre prisão de segurança máxima, onde foram filmados alguns planos e o argumento é baseado num romance escrito por um antigo diretor do estabelecimento. O protagonista está a cumprir pena, enquanto a sua noiva está em contacto com o advogado que trata do caso e se revela desonesto. No desenlace o homem sacrifica-se para salvar a mulher. Curtiz filmou esta história com um tom quase documental. Anatole Litvak realizou em 1940 um remake deste filme, CASTLE ON THE HUDSON. Primeira apresentação na Cinemateca.


A sessão repete no dia 11 às 15h30, na sala M. Félix Ribeiro.


consulte a FOLHA da CINEMATECA aqui