04/02/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Revisitar os Grandes Géneros: Era Uma Vez... O Western (Parte I, Conclusão)
Gunman’s Walk
Assim Morrem os Valentes
de Phil Karlson
com Van Heflin, Tab Hunter, Kathryn Grant
Estados Unidos, 1958 - 97 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um dos melhores westerns psicanalíticos, a lembrar a história de BROKEN LANCE, que já era um remake de HOUSE OF STRANGERS, esta obra algo esquecida de Phil Karlson, tradicionalmente mais associado ao género noir, é um tour de force notável, também graças ao papel portentoso de Van Heflin, na pele de um rancheiro enviuvado que procura, a todo o custo, juntar os dois filhos que disputam a mesma mulher, destacando-se nesta disputa o psicopata e racista encarnado por Tab Hunter. É um filme de uma violência emocional rara num western: “É o melhor papel de Tab Hunter. E é um dos grandes westerns dos anos 60”, disse Quentin Tarantino, que escolheu GUNMAN’S WALK como uma das grandes referências para a composição da personagem Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) em ONCE UPON A TIME... IN HOLLYWOOD.  Primeira apresentação na Cinemateca.

A sessão repete no dia 10 às 19h00, na sala M. Félix Ribeiro.

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04/02/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Paul Vecchiali, Fazer Cinema na Diagonal
Bonjour La Langue
de Paul Vecchiali
com Pascal Cervo, Julien Lucq, Paul Vecchiali
França, 2023 - 80 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Paul Vecchiali
A última obra produzida e realizada por Paul Vecchiali (estreada em Locarno) passa por um tributo a Jean-Luc Godard, evoca John Ford, integra imagens de LE CANCRE (Vecchiali, 2016), encena um reencontro entre um pai e um filho interpretados por Vecchiali e Pascal Cervo (realizador, argumentista e ator especialmente próximo de Vecchiali, mas também de Gaël Morel, Laurent Achard, Pierre Léon ou ainda Jean-Claude Biette e Robert Guédiguian). O filho chama-se Jean-Luc e é sua a decisão de procurar o pai, Charles, certa noite em que desembarca na estação de Deaguignan. BONJOUR LA LANGUE, o título de Vecchiali, responde ao título de Godard ADIEU AU LANGAGE (2014). “Filme póstumo, sublime, de Paul Vecchiali. É um acerto de contas do cineasta francês com a vida e talvez com a morte. E uma homenagem de Paul ao maior dos seus contemporâneos: Jean-Luc.” (Francisco Ferreira, Expresso, 2023)

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04/02/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
In Memoriam José Barahona
Quem é Ricardo? | Alma Clandestina
sessão com apresentação
QUEM É RICARDO?
de José Barahona
com Augusto Portela, António Marques, Luís Mascarenhas, João Didelet, Heitor Lourenço, André Gago
Portugal, 2004 – 35 min
 
ALMA CLANDESTINA
de José Barahona
com Sara Antunes, Paulo Azevedo
Brasil, 2018 – 100 min

filmes de José Barahona

duração total da sessão: 135 min | M/12
Seis dias e seis noites sem dormir. Seis dias e seis noites de interrogatórios e espancamentos. Seis dias e seis noites nos calabouços da PIDE. E sempre uma pergunta na boca dos esbirros, “Quem é Ricardo?” A partir de um argumento original do escritor Mário de Carvalho, José Barahona filma o processo de detenção e tortura de um preso político (Augusto Portela) algures durante a década de 1970. Nem o preso nem os “agentes” têm nome, não é claro o motivo da prisão nem a organização política a que o “senhor engenheiro” pertence, esbatem-se as referências para que sobre apenas – e só – a barbárie da ditadura do Estado Novo. Por sua vez, ALMA CLANDESTINA desenvolve esta mesma investigação em torno de Maria Auxiliadora Lara Barcellos, “uma das figuras mais belas e trágicas da resistência à ditadura brasileira”. Também ela foi presa, torturada, banida e exilada – acabando por se suicidar, em 1976, numa estação de metro em Berlim. Barahona construiu um filme-ensaio sensorial sobre a luta e a história de Maria Auxiliadora, onde o teatro se cruza com os documentos, e estes com as imagens de arquivo, produzindo um retrato em forma de palimpsesto. “Este é o filme que eu devia ao Brasil, que tanto me deu e dá” (José Barahona).

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04/02/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Revisitar os Grandes Géneros: Era Uma Vez... O Western (Parte I, Conclusão)
Man of the West
O Homem do Oeste
de Anthony Mann
com Gary Cooper, Julie London, Lee J. Cobb, Arthur O’Connell, Jack Lord, John Dehner
Estados Unidos, 1958 - 98 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O último grande western de Anthony Mann e, talvez, o mais pessimista dos seus filmes, onde deixa perceber a sensação de fim de um ‘’mundo’’ e de uma forma de viver. Admirável desempenho de Gary Cooper na figura de um antigo bandoleiro regenerado e que procura auxiliar uma comunidade (o mesmo tema de BEND OF THE RIVER) acabando por reencontrar-se com o passado e ajustar contas definitivas com ele.

A sessão repete no dia 10 às 16h30, na sala M. Félix Ribeiro.

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