A BRANCA DE NEVE de João César Monteiro adapta uma peça de Robert Walser que retoma o conto dos irmãos Grimm: salva pelo beijo do Príncipe ao sono das trevas, Branca de Neve confronta a madrasta e o caçador que esta incita a apunhalar a enteada. João César Monteiro deixou a tela quase sempre negra, com raras imagens de outra cor e as imagens sonoras (as vozes dos atores). Na altura deu brado e foi o escândalo, mas já não vale a pena voltar a ele. Vale a pena é voltar a ver BRANCA DE NEVE, outra vez e outra vez, no escuro da sala, no quarto escuro.
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