12/11/2024, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
CARNAVAL DA VITÓRIA
Angola, 1978 – 39 min
O RITMO DO NGOLA RITMOS
Angola, 1978 – 59 min
de Antonio Ole
duração total da projeção: 98 min | M/12
Resistir e vencer o colonialismo. Celebrar a vitória, revalorizando manifestações culturais ancestrais, desvalorizadas pelo colonizador. É simples, o propósito de CARNAVAL DA VITÓRIA, realizado após a formação de Antonio Ole pelo coletivo francês Unicité e dos primeiros estudos no American Film Institute (depois, entre 1981 e 1985, estudou Cultura Afro-Americana e Cinema na UCLA). Se Ole veio a notabilizar-se como artista plástico e fotógrafo, após a independência, como realizador de televisão, assinou vários filmes sobre a vida, profissões e economia do país. Agostinho Neto, cujo poema
Havemos de Voltar é dito a abrir a obra, era líder-poeta num país com esperança, celebrando um Carnaval – clandestino durante a guerra de libertação – que saía para a luz, também através do cinema, integrando-se num movimento nacional, que reclamava o futuro a partir dos modos de resistência anticolonial. O RITMO DO NGOLA RITMOS dá sequência ao interesse de Ole em filmar manifestações anticoloniais que persistiram. Filmar a história de um grupo que, desde 1947, afirmou as culturas indígenas, cantando música popular em
kimbundu, depois misturando ritmos através da criação do
semba, e cujos elementos foram presos pela ditadura portuguesa, foi, de novo, uma revalorização dos modos de resistência. “E o ritmo se fez luta e a luta se fez vitória, é preciso contar, é preciso cantar”.
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