07/12/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema Clássico de Dorothy Arzner
The Wild Party
Louca Orgia
de Dorothy Arzner
com Clara Bow, Fredric March, Marceline Day, Shirley O’Hara
Estados Unidos, 1929 - 77 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Conhecido como o primeiro talkie de Clara Bow, o primeiro filme falado de Dorothy Arzner teve uma versão muda para distribuição em salas ainda não equipadas para “o sonoro”, embora a voz de Bow, e o seu sotaque de Brooklyn, tenham dado que falar. Para a história ficou o registo do nervosismo da atriz com as exigências inerentes à captação de som na rodagem e a solução encontrada pela realizadora que engendrou um microfone “com perche” (uma cana de pesca) que permitisse a movimentação de Bow nos cenários. Ambientada num colégio de raparigas, a história segue as personagens de Stella, a aluna mais popular (Bow), e do jovem atraente professor de antropologia (Fredric March, num dos quatro filmes em que foi dirigido por Arzner nos primeiros anos da sua carreira). “O uso expressivo da liberdade que a invenção de Arzner [o boom microphone] permitiu à sua realização é aquilo que confere ao filme mais do que uma importância meramente histórica e tecnológica” (Luke Aspell, Senses of Cinema, 2017).

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07/12/2022, 17h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Douglas Sirk Visto Por...
Written on the Wind
Escrito no Vento
de Douglas Sirk
com Rock Hudson, Robert Stack, Lauren Bacall, Dorothy Malone
Estados Unidos, 1956 - 98 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Douglas Sirk Visto por... Robert B. Pippin

sessão com apresentação e seguida de uma “aula aberta” por Robert B. Pippin
WRITTEN ON THE WIND é “uma temporada no inferno do Deep South”, como o definiu um crítico francês, e é o mais delirante e apocalíptico filme de toda a obra de Sirk. O delírio manifesta-se tanto ao nível da narrativa, como da realização. Cores anti-naturalistas e cenários super-dimensionados banham esta história em que a ironia de Sirk em relação à cultura americana (“os americanos não vivem, imitam a vida”) se manifesta na sua forma mais cáustica. Um dos monumentos do cinema americano dos anos 1950, cujo plano final é o mais célebre de toda a obra de Sirk. A seguir à projeção, o filósofo americano Robert B. Pippin – autor de Douglas Sirk: Filmmaker and Philosopher - dá uma “aula aberta” sobre o filme (em inglês, sem tradução simultânea) intitulada “Misplaced Moralism in Written on the Wind”.

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07/12/2022, 19h30 | Sala Luís de Pina
Luz e Sombra - Representações da Idade Média no Cinema
Jigokumon
Amores de Samurai
de Teinosuke Kinugasa
com Kazuo Hasegawa, Machiko Kyo, Isao Iamagata, Yataro Kurosawa
Japão, 1953 - 89 min
legendado em francês e eletronicamente em português | M/12
Um dos primeiros filmes japoneses a conquistar o mercado ocidental (incluindo Portugal), na sequência do sucesso de RASHOMON de Kurosawa. O deslumbrante uso da cor muito contribuiu para o seu êxito. No Japão medieval, uma mulher está dividida entre dois homens, dando início a uma situação que irá desembocar numa tragédia, que a sua morte poderá evitar. Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1954 e Oscar para o melhor filme estrangeiro.

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07/12/2022, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema Clássico de Dorothy Arzner
Dance, Girl, Dance
Dança, Rapariga, Dança
de Dorothy Arzner
com Maureen O’Hara, Lucille Ball, Louis Hayward
Estados Unidos, 1940 - 89 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O penúltimo filme de Dorothy Arzner (terceiro filme americano da irlandesa Maureen O’Hara) levou tempo a ser reconhecido como um filme protofeminista, além de um melodrama dos bastidores do show business nova-iorquino. A interpretação de O’Hara é magnífica, como a de Lucille Ball, sendo a primeira a protagonista, no papel de uma jovem aspirante a bailarina clássica, e interpretando a segunda uma ambiciosa dançarina burlesca que mantêm uma relação de amizade-rivalidade, profissional e pessoal, reveladora das suas ambições de vida. A sequência mais célebre é um “one woman show” de Maureen O’Hara que interrompe um número burlesco em palco para desancar o machismo da plateia de homens e mulheres que se entretêm a desprezá-la mas acabam a aplaudi-la de pé. Fazendo o elogio de uma obra coreográfica que implica um estudo de conflitos a vários níveis, Carrie Rickey descreveu-o como um filme “tão subversivo e original como a mulher que o realizou”. Na Cinemateca, foi apresentado em várias ocasiões, a primeira das quais em 1995 (“120 Chaves para a História do Cinema”). A apresentar em cópia digital.

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