24/11/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Louis Malle – O Rebelde Solitário

A Cinemateca com a Festa do Cinema Francês
Black Moon
de Louis Malle
com Cathryn Harrison, Thérèse Giehse, Alexandra Stewart, Joe Dalessandro
França, 1975 - 100 min
legendado eletronicamente em português | M/12
BLACK MOON é um objeto totalmente isolado na obra de Malle. Quase desprovido de diálogos, trata­-se de um moderno conto de fadas, com reminiscências de Alice no País das Maravilhas, em que para fugir da guerra que se declarara entre homens e mulheres uma jovem refugia-­se numa casa isolada. Ali terá alguns insólitos encontros com pessoas e animais, entre os quais um unicórnio. Ao escrever o argumento Malle tentou “trabalhar a partir de sonhos e livres associações”, tentando aplicar a técnica da “escrita automática” dos surrealistas à rodagem e o resultado foi “um filme feito de uma série de momentos visuais”. Magnífica fotografia de Sven Nykvist, colaborador habitual de Ingmar Bergman, a quem Malle pediu uma luz fria. Toda a banda sonora foi feita em estúdio, para evitar sons realistas..

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24/11/2022, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ante-Estreias
Editor Contra
de Luís Alvarães
com Flávio Gil, Dinis Gomes, Teresa Coutinho
Portugal, 2022 - 55 min | M/12
com a presença de Luís Alvarães
A partir do livro homónimo de Pedro Piedade Marques, EDITOR CONTRA relembra a vida de Fernando Ribeiro de Mello, uma das mais controversas personalidades do século XX português, fundador das Edições Afrodite, a partir da qual, antes do 25 de Abril de 1974 publicou uma vasta coleção de livros proibidos e censurados pelo Estado Novo.  Considerando que “os livros das Edições Afrodite fazem hoje parte da história dos pequenos editores marginais e dos sonhos dos alfarrabistas”, este documentário evoca testemunhos e encenações para fazer “uma evocação celebratória da ousadia e das aventuras” de um editor que fez da irreverência o seu traço mais digno antes e após a revolução, possibilitando uma aproximação às particularidades mais intrépidas do mundo da literatura portuguesa do século XX.

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24/11/2022, 19h30 | Sala Luís de Pina
Louis Malle – O Rebelde Solitário

A Cinemateca com a Festa do Cinema Francês
Dominique Sanda ou Le Rêve Éveillé | ...And the Pursuit of Happiness
105 min
legendados eletronicamente em português | M/12
DOMINIQUE SANDA OU LE RÊVE ÉVEILLÉ
de Louis Malle
com Dominique Sanda
França, 1976 – 25  min

... AND THE PURSUIT OF HAPPINESS 
de Louis Malle 
Estados Unidos, 1986 - 80 min

... AND THE PURSUIT OF HAPPINESS cita uma das mais célebres frases da Declaração de Independência dos Estados Unidos, que menciona “a busca da felicidade” como um dos direitos inalienáveis do homem. Realizado por ocasião do centenário da Estátua da Liberdade, o filme aborda as novas migrações para os Estados Unidos, que não são formadas por populações europeias como no início do século XX, mas sobretudo por asiáticos, latino-americanos e africanos. Consciente da sua própria condição de “imigrante de luxo” e de que os Estados Unidos “não são um «melting pot» e sim uma Torre de Babel”, pois as diversas comunidades coabitam sem se misturarem, Malle filma pessoas de origens diversas, algumas com a situação profissional estabilizada, outras que vão recomeçar do nada. Contrariamente ao que se passa em GOD’S COUNTRY, em que voltamos reiteradamente a algumas pessoas, em THE PURSUIT OF HAPPINESS vemos apenas uma vez, ainda que demoradamente, cada um destes novos americanos. A abrir a sessão, um retrato filmado da atriz Dominique Sanda, raramente visto, feito para a televisão francesa.

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24/11/2022, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Louis Malle – O Rebelde Solitário

A Cinemateca com a Festa do Cinema Francês
Milou en Mai
Os Malucos de Maio
de Louis Malle
com Michel Piccoli, Miou­-Miou, Michel Duchaussoy, Dominique Blanc, Paulette Dubost
França, 1989 - 107 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Este filme, que veio a ser a despedida de Louis Malle ao cinema francês, é um dos mais livres e alegres da sua obra. A ação decorre numa casa de campo, onde vivem a personagem-­titular (Michel Piccoli, num dos seus grandes desempenhos) e a sua mãe idosa (Paulette Dubost, imortalizada no papel da criada em A REGRA DO JOGO, de Jean Renoir). Esta morre subitamente e os demais membros da família chegam para o funeral e sobretudo para a partilha dos bens da morta. Mas estamos em Maio de 1968 e a França está em greve geral, o que torna impossível o enterro da senhora, cuja cadáver é respeitosamente guardado na sua cama, enquanto os seus filhos, genros e noras (além de alguns netos) ajustam velhas contas, discutem política e vivem, naquele reduzido espaço, algumas das utopias e ideias daquele famoso mês de maio. No desenlace, como numa screwball comedy americana, género com o qual MILOU EN MAI tem semelhanças, tudo volta (quase) ao normal.

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