CICLO
Carta Branca a João Botelho


“O cinema tem uma história. Dos irmãos Lumière, que encenavam o «real», a Méliès, que encenava a «fantasia», as imagens movem-se diante de nós há muito mais de um século. Estes filmes, que agora vos proponho em ordem cronológica da sua existência são os que a cada momento me abalaram e construíram o meu desejo de cinema, ajudando o meu modo de filmar. E tantos que eu tenho de deixar injustamente de lado, que a lista é extensa. Infelizmente hoje, neste combate sem tréguas entre «arte» e negócio, ganhou o dinheiro. Se a memória existe, vamos a ela, para que não se perca tudo. Viva o cinema!” (João Botelho).
 
19/09/2022, 22h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Carta Branca a João Botelho

Chronik der Anna Magdalena Bach
A Pequena Crónica de Anna Magdalena Bach
de Jean-Marie Straub
República Federal da Alemanha, 1968 - 93 min
26/09/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Carta Branca a João Botelho

Amarcord
Amarcord
de Federico Fellini
Itália, 1973 - 121 min
 
27/09/2022, 15h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Carta Branca a João Botelho

Amor de Perdição
de Manoel de Oliveira
Portugal, 1978 - 261 min | M/12
 
27/09/2022, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Carta Branca a João Botelho

JLG par JLG
56 min | M/12
19/09/2022, 22h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Carta Branca a João Botelho
Chronik der Anna Magdalena Bach
A Pequena Crónica de Anna Magdalena Bach
de Jean-Marie Straub
com Gustav Leonhardt, Christiane Lang
República Federal da Alemanha, 1968 - 93 min
legendado em português | M/12
Primeira longa-metragem de Jean-Marie Straub, que assinou o filme sozinho e não em parceria com Danièle Huillet. O filme foi recebido com uma gigantesca pateada no Festival de Berlim, mas tornou o nome de Straub conhecido internacionalmente. Ao filmar uma história de amor que não se parece com nenhuma outra (uma mulher fala do marido que amou até à morte), o realizador fez com que verdadeiros músicos executassem a música de Bach em som direto, o que era uma novidade absoluta e um exemplo que não foi seguido por muitos. Por isto, “a música de Bach não é um acompanhamento nem um comentário, mas a matéria-prima” do filme.

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26/09/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Carta Branca a João Botelho
Amarcord
Amarcord
de Federico Fellini
com Bruno Zanin Magali Noel, Pupella Maggio
Itália, 1973 - 121 min
legendado eletronicamente em português | M/12
AMARCORD é o filme que reconcilia todos os espectadores à volta de Fellini: os que apreciam a sua obra e os que não a apreciam, os que gostam do seu primeiro período e os que preferem os filmes que realizou nos anos 60 e que uma fórmula jornalística definiu como “barrocos”. As novas gerações recebem o filme com o mesmo prazer do que aqueles que o viram quando este foi distribuído. “Recordo-me” é o que quer dizer a expressão que dá o título a um dos mais belos filmes de Fellini, que é uma incursão na memória, com imagens transfiguradas pela distância e pela imaginação poética da infância do realizador, com a presença dos personagens singulares que ressuscitam a cada um dos seus filmes.

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27/09/2022, 15h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Carta Branca a João Botelho
Amor de Perdição
de Manoel de Oliveira
com Cristina Hauser, António Sequeira Lopes, Elsa Wallenkamp, Ruy Furtado
Portugal, 1978 - 261 min | M/12
A sessão decorre com um intervalo de 10 minutos.
O Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco por Manoel de Oliveira, num dos seus mais extraordinários filmes, realizado com imensas dificuldades. Foi este filme que tornou internacionalmente conhecido o nome de Manoel de Oliveira, ao ser apresentado em Paris na Semana dos Cahiers du Cinéma e fez com que ele começasse, aos setenta anos, uma nova e prolífica carreira. A adaptação de Oliveira respeita o texto de Camilo quase na íntegra. “AMOR DE PERDIÇÃO é um dos filmes mais espetaculares que existem no sentido mais genuíno da palavra. A cada elemento narrativo é permitido o seu próprio espetáculo, fugindo ao hábito de pô-los de acordo, dissolvidos no espetáculo global. É pois o próprio cinema que aqui se exibe cinematograficamente ao encenar-se deste modo a própria representação. E a tensão, ao longo de quatro horas de filme nunca cessa de se adensar até ao despedaçamento dos seres” (José Navarro de Andrade).

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27/09/2022, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Carta Branca a João Botelho
JLG par JLG
56 min | M/12
Infelizmente não poderemos exibir, tal como foi anunciado para esta sessão: PASSION, LE TRAVAIL ET L'AMOUR: INTRODUCTION À UN SCÉNARIO, OU TROISIÈME ÉTAT DU SCÉNARIO DU FILM PASSION de Jean-Luc Godard devido a uma troca de títulos feita pela distribuidora deste filme. Por este motivo, pedimos as nossas desculpas

O realizador João Botelho e o diretor da Cinemateca, José Manuel Costa conversam com o público sobre Jean-Luc Godard.
JLG PAR JLG
de Jean Luc Godard
comJean-Luc Godard, Geneviève Pasquier, Denis Jadot
França, 1994 - 56 min / legendado em português

Em JLG/JLG, “Auto-retrato em Dezembro”, Godard encena a sua própria solidão, a partir do local escolhido para o seu exílio voluntário: a sua casa na Suíça. Trata-se de um trabalho de uma beleza assombrosa, feito de uma tristeza pontualmente cortada por assomos luminosos e marcada por uma inquietante lucidez.

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