23/01/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Raul de Caldevilla
Em colaboração com a Academia Portuguesa de Cinema e com o Museu da Publicidade
Um Chá nas Nuvens/Escalada à Torre dos Clérigos | Entre-os-Rios | Os Faroleiros
duração total da projeção: 87 min | M/12
Com acompanhamento ao piano por Daniel Schvetz
UM CHÁ NAS NUVENS / ESCALADA À TORRE DOS CLÉRIGOS
de Raul de Caldevilla
Portugal, 1917 – 10 min / mudo
ENTRE-OS-RIOS
de autor não identificado
Portugal, 1922 – 5 min / mudo
OS FAROLEIROS
de Maurice Mariaud
com Maurice Mariaud, A. Castro Neves, Abgaída de Almeida
Portugal, 1922 – 72 min / mudo, com intertítulos em português
A sessão começa com um célebre e brilhante filme publicitário de Raul Caldevilla, que documenta um happening publicitário: dois acrobatas escalam a Torre dos Clérigos, no Porto, onde tomam chá e comem bolachas Invicta, antes de lançarem folhetos publicitários lá do alto. ENTRE-OS-RIOS é um dos muitos documentários sobre terras e paisagens portuguesas produzidos pela Caldevilla Film. OS FAROLEIROS é um dos filmes mais ambiciosos a terem sido produzidos em Portugal neste período. Filmado em estúdio e em cenários naturais (Guincho, Cabo da Roca, Caparica) pelo recém-chegado Maurice Mariaud, que realiza e interpreta, OS FAROLEIROS, um drama com três personagens, foi durante muito tempo considerado como uma “obra-prima desaparecida”. Não é, mas é um curioso exemplo de melodrama “verista” do cinema mudo português.
25/01/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Raul de Caldevilla
Em colaboração com a Academia Portuguesa de Cinema e com o Museu da Publicidade
O 9 d’Abril | A Rosa do Adro
duração total da projeção: 101 min | M/12
Com acompanhamento ao piano por João Paulo Esteves da Silva
O 9 D’ABRIL
de autor não identificado
Portugal, 1921 – 25 min / mudo
A ROSA DO ADRO
de Georges Pallu
com Maria de Oliveira, Erico Braga, Carlos Santos, Etelvina Serra, Duarte Silva
Portugal, 1919 – 76 min / mudo, intertítulos em francês traduzidos eletronicamente em português
A abrir a sessão, um documento sobre a homenagem prestada aos milhares de soldados portugueses mortos na batalha de Armentières, no norte de França, a 9 de abril de 1914, com a presença do Presidente Afonso Costa e do Marechal Joffre, culminando com uma cerimónia no Mosteiro da Batalha, em que estão presentes algumas das mães das vítimas. Na sua adaptação do romance de Manuel Maria Rodrigues, A ROSA DO ADRO, Pallu mantém o tom fatalista daquele e apresenta Maria de Oliveira no papel de Rosa, primeira das "atrizes efémeras" do cinema português. Entre 1919 e 1921 ela voltaria a trabalhar com Pallu, Maurice Mariaud e Augusto Lacerda. A ROSA DO ADRO foi o segundo filme realizado por Pallu para a Invicta Filmes, depois de FREI BONIFÁCIO (1918) ter aberto esse capítulo. João Bénard da Costa salientou “um certo lado inocentemente perverso ou perversamente inocente que caracteriza o romance triangular” da narrativa, como um dos aspetos mais interessantes do filme.
29/01/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Raul de Caldevilla
Em colaboração com a Academia Portuguesa de Cinema e com o Museu da Publicidade
As Pupilas do Senhor Reitor
de Maurice Mariaud
com Maria de Oliveira, Maria Helena, Arthur Duarte, Vasco de Gondomar, Eduardo Brazão
Portugal, 1923 - 141 min
mudo, com intertítulos em português | M/12
Com acompanhamento ao piano por Filipe Raposo
Uma frutuosa incursão de Mariaud por exteriores minhotos, os muito bem utilizados cenários do romance de Júlio Dinis. Mariaud potencia a interpretação dos atores através de várias soluções de encenação em profundidade de campo e dá-nos, neste filme, a mais bucólica das três versões dos amores cruzados de Clara e Pedro, Margarida e Daniel. Os encontros ao entardecer entre os pequenos Daniel e Margarida e a cantiga ao desafio junto ao rio, entre Clara e Pedro, instalam-se já no ambiente dos quadros de José Malhoa, que Mariaud citaria explicitamente em O FADO (também de 1923).