CICLO
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)


Em março entramos na segunda etapa do nosso percurso através da obra gigantesca e multinacional de Michael Curtiz, que se estenderá até junho e que nos permitirá ver e rever “apenas” metade da sua produção, ou seja, mais de oitenta filmes, realizados entre o período da Primeira Guerra Mundial e o início dos anos 60. Curtiz trabalhou na Hungria, na Áustria e nos Estados Unidos e o princípio que orientou a programação deste ciclo foi o de não apresentar a sua obra de modo cronológico, mas misturando os seus diversos períodos e os géneros que abordou, de modo a mostrar mais claramente a variedade e o ecletismo do seu cinema e o do próprio cinema. Em março, propomos treze filmes de Mihály Kersétz/Michael Curtiz, com um exemplo do seu trabalho na Hungria e outro daquilo que fez na Áustria, um filme mudo americano, seis daquele que costuma ser considerado como o seu melhor período – os anos 30 – e alguns exemplos do período final do seu trabalho. Entre filmes raríssimos e obras célebres, do mudo ao Technicolor, o nome de Michael Curtiz confunde-se com o próprio cinema.
 
 
08/03/2025, 17h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)

Captain Blood
O Capitão Blood
de Michael Curtiz
Estados Unidos, 1935 - 114 min
 
11/03/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)

20,000 Years In Sing Sing
Vinte Mil Anos em Sing-Sing
de Michael Curtiz
Estados Unidos, 1932 - 78 min
12/03/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)

Bright Lights
de Michael Curtiz
Estados Unidos, 1930 - 69 min
13/03/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)

Kid Galahad
O Mais Forte
de Michael Curtiz
Estados Unidos, 1937 - 102 min
17/03/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)

Good Time Charley
de Michael Curtiz
Estados Unidos, 1927 - 70 min
08/03/2025, 17h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)
Captain Blood
O Capitão Blood
de Michael Curtiz
com Errol Flynn, Olivia de Havilland, Basil Rathbone
Estados Unidos, 1935 - 114 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um espetacular filme de aventuras, misto de swashbuckler (filme de espadachins) e filme de piratas, baseado num romance de 1922 que se tornou rapidamente um clássico da literatura juvenil e teve uma primeira adaptação cinematográfica em 1924. Um médico irlandês é exilado na Jamaica como escravo e torna-se um temível pirata. Foi o primeiro de nove filmes a reunir Errol Flynn e Olivia de Havilland e transformou-os imediatamente em vedetas. Para as grandes batalhas navais foram utilizados trechos de THE SEA HAWK (1924) e THE DIVINE LADY (1929), de Frank Lloyd, ao passo que o longo duelo entre Flynn e Basil Rathbone foi imediatamente considerado um trecho de antologia. O enorme êxito do filme marcou o início de uma nova etapa na carreira de Curtiz, que passou a ser considerado o realizador ideal para este tipo de filmes. CAPTAIN BLOOD não é apresentado na Cinemateca desde 2016.

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11/03/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)
20,000 Years In Sing Sing
Vinte Mil Anos em Sing-Sing
de Michael Curtiz
com Spencer Tracy, Bette Davis, Arthur Byron
Estados Unidos, 1932 - 78 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Uma das principais características da produção da Warner Bros. nos anos 30 foi o “realismo”, mais exatamente a atenção às classes populares e aos seus dramas, entre os quais a queda na criminalidade de alguns dos seus membros. Em 20,000 YEARS IN SING SING, como indica o título, estamos na célebre prisão de segurança máxima, onde foram filmados alguns planos e o argumento é baseado num romance escrito por um antigo diretor do estabelecimento. O protagonista está a cumprir pena, enquanto a sua noiva está em contacto com o advogado que trata do caso e se revela desonesto. No desenlace o homem sacrifica-se para salvar a mulher. Curtiz filmou esta história com um tom quase documental. Anatole Litvak realizou em 1940 um remake deste filme, CASTLE ON THE HUDSON. Primeira apresentação na Cinemateca.

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12/03/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)
Bright Lights
de Michael Curtiz
com Dorothy Mackaill, Frank Fay, Noah Beery
Estados Unidos, 1930 - 69 min
legendado eletronicamente em português | M/12
BRIGHT LIGHTS é o terceiro musical a ter sido realizado por Curtiz e é um exemplo perfeito do cinema americano anterior ao Código Hays, de 1934, que imporia regras ultra-puritanas e racistas. Neste filme, uma atriz que faz o seu adeus aos palcos para casar-se, dá uma conferência de imprensa em que conta o seu passado de modo idealizado, mas este é ilustrado em flashbacks que mostram que ela está a omitir várias verdades. No fim do espetáculo um vilão que a atormentara no passado (um contrabandista português) vai vê-la no camarim para ameaçá-la. Há um conflito durante o qual o homem morre, mas todos os presentes dão falsos testemunhos à polícia. O filme tem cinco números musicais e foi filmado em Technicolor de duas bandas, mas as únicas cópias completas a terem sobrevivido são a preto e branco. Primeira apresentação na Cinemateca.

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13/03/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)
Kid Galahad
O Mais Forte
de Michael Curtiz
com Edward G. Robinson, Bette Davis, Humphrey Bogart, Wayne Morris
Estados Unidos, 1937 - 102 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O filme de boxe é um autêntico género cinematográfico e por vezes contém elementos vindos do cinema criminal, pois os empresários do boxe raramente são mostrados como cidadãos-modelo. Este é o caso de KID GALAHAD, cuja ação começa quando um gangster interpretado por Humphrey Bogart (que ainda não era uma vedeta) apresenta um novo pugilista durante uma receção num hotel. Um empresário transforma o rapaz numa vedeta do boxe, com a alcunha de Kid Galahad. Mas para vingar-se do facto da sua amante se sentir atraída por ele, decide pô-lo num combate difícil, sabendo que ele não está preparado, o que ilustra mais um tema clássico do género: o combate que decide da vida do pugilista. Última apresentação na Cinemateca em 2010.

A sessão repete no dia 19 às 21h30, na sala M. Félix Ribeiro.

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17/03/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte II)
Good Time Charley
de Michael Curtiz
com Warner Oland, Helene Costello, Montagu Love
Estados Unidos, 1927 - 70 min
mudo, com intertítulos em inglês e legendagem eletrónica em português | M/12
Quarto filme realizado por Curtiz em Hollywood para a Warner Bros., onde faria quase toda a sua carreira americana. Neste período Darryl Zanuck, que viria a ser um dos grandes produtores da Hollywood clássica, exercia na Warner a função de argumentista, uma faceta um tanto esquecida da sua atividade, mas que se manifestou em mais de oitenta filmes, muitas vezes com pseudónimos. Jack Warner nomeou-o “supervisor” do trabalho de Curtiz que, pelo que se sabe, não apreciava muito esta colaboração. Baseado numa história escrita por Zanuck, GOOD TIME CHARLEY é um melodrama: uma jovem atriz em ascensão consegue um lugar para o seu pai, que fora à falência depois da morte da mulher, no espetáculo em que é protagonista, mas a situação complica-se. O filme foi realizado em 1927, o ano do primeiro filme com som gravado, THE JAZZ SINGER, e posteriormente foi-lhe acrescentado som por um sistema de discos, o que foi o caso de muitos outros filmes do período. Primeira apresentação na Cinemateca.

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