02/02/2024, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
MATA DO BUSSACO
de Hans Berge (atribuído)
Noruega, 1919 - 7 min / mudo, intertítulos em norueguês
SERNACHE DO BONJARDIM
de Silvino Santos
Portugal, 1929 - 10 min / intertítulos em português
AMAZONAS, O MAIOR RIO DO MUNDO
de Silvino Santos
Brasil, 1918 - 66 min / intertítulos em checo e legendas em português
Em setembro de 2023, o mundo dos arquivos de cinema foi surpreendido com a descoberta de um filme que se considerava perdido praticamente desde a sua estreia, em 1918, resultado de um conjunto de incidentes que haviam invisibilizado o primeiro grande filme sobre o rio Amazonas. Descoberto nos arquivos da Cinemateca de Praga, AMAZONAS, O MAIOR RIO DO MUNDO, tornou-se no elemento-chave para a história do cinema no Brasil, com ligações a Portugal. O seu realizador, Silvino Santos (1886-1970), rumou de Sernache do Bonjardim, onde voltaria mais tarde para realizar um filme, e tornou-se, inadvertidamente, num dos pioneiros do cinema do Brasil. A complexidade do filme, naquilo que mostra e como mostra, revela a importância dos arquivos e a necessidade de nunca se dever dar por concluída a filmografia de um país. Em diálogo com o filme, e do mesmo período, apresentamos MATA DO BUSSACO, atribuído ao realizador norueguês Hans Berge, rodado, sabe-se agora, a pedido da produtora francesa Pathé, e descoberto em 2022 nos arquivos da Biblioteca Nacional da Noruega, nossa parceira no FILMar. A sessão completa-se com um breve documentário de Silvino Santos sobre a sua região natal. A sessão é antecedida, às 18h00, por uma conferência na livraria Linha de Sombra do investigador Sávio Luís Stoco, da Universidade Federal do Pará, especialista na cinema amazónico e autor de
O cinema de Silvino Santos (1918-1922) e a representação amazônica: história, arte e sociedade (2022).
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