CICLO
No Centenário da Estreia de Os Fidalgos da Casa Mourisca


Esta sessão de OS FIDALGOS DA CASA MOURISCA, de Georges Pallu (1920), assinala o centenário da estreia do filme (a 14 de janeiro de 1921, no cinema Condes, em Lisboa) com a primeira apresentação pública da nova cópia digital e da partitura original composta por Armando Leça, que será interpretada ao vivo por um octeto de solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigido pelo Maestro Cesário Costa, após um trabalho de reconstituição levado a cabo pelos musicólogos Manuel Deniz Silva e Bárbara Carvalho, da NOVA FCSH.
Trata-se da continuação de uma parceria estabelecida em 2019 entre a Cinemateca, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, através do INET-md, e agora renovada com novos parceiros – o Coliseu do Porto e a Ágora – Cultura e Desporto E.M. – tendo como objetivo a reconstituição, interpretação ao vivo e gravação das três partituras originais compostas por Armando Leça para filmes da Invicta Film: A ROSA DO ADRO (G. Pallu, 1919), apresentada em 2019; OS FIDALGOS DA CASA MOURISCA (G. Pallu, 1920), apresentados este mês; e AMOR DE PERDIÇÃO (G. Pallu, 1921), que será apresentado no próximo mês de novembro. Combinando investigação inédita sobre cinema e música, este projeto aumentou o conhecimento sobre a história do cinema mudo português e, em particular, sobre a história da música escrita para cinema, ao mesmo tempo que permitiu a redescoberta de três filmes mudos portugueses de uma forma o mais aproximada possível ao modo como terão sido originalmente vistos e ouvidos, há exatamente 100 anos atrás.
No caso de OS FIDALGOS DA CASA MOURISCA, a partitura original de Armando Leça foi recuperada por uma equipa de musicólogos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, no contexto de um projeto de investigação do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md). Nesta sessão, a partitura será interpretada ao vivo pelos solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa/OML, com direção musical do Maestro Cesário Costa. A imagem digitalizada e a música interpretada pelos solistas da OML, que será oportunamente gravada, resultarão depois numa cópia digital de alta definição (DCP) para projeção em sala, assim como numa nova edição DVD da Cinemateca Portuguesa que dará continuidade à coleção de títulos do cinema mudo português. A reconstituição e interpretação pública ao vivo, em Lisboa e no Porto, do filme acompanhado pela partitura de Armando Leça, resulta de uma parceria institucional entre a Cinemateca, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, o Coliseu do Porto e a Ágora – Cultura e Desporto E.M..
 
 
16/10/2021, 17h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo No Centenário da Estreia de Os Fidalgos da Casa Mourisca

Os Fidalgos da Casa Mourisca
de Georges Pallu
Portugal, 1920 - 206 min
 
16/10/2021, 17h00 | Sala M. Félix Ribeiro
No Centenário da Estreia de Os Fidalgos da Casa Mourisca
Os Fidalgos da Casa Mourisca
de Georges Pallu
com Pato Moniz, Erico Braga, Mário Santos, Duarte Silva, António Pinheiro
Portugal, 1920 - 206 min
mudo, com intertítulos em português | M/12
a sessão decorre com intervalo

música ao vivo pelos Solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigidos pelo Maestro Cesário Costa
O mais longo filme mudo português e, provavelmente, o seu maior sucesso comercial, a primeira adaptação de um romance de Júlio Dinis ao cinema contou igualmente com a primeira interpretação diante das câmaras da Invicta Film de Pato Moniz, um conhecido ator do Teatro Nacional, depois de o consagrado Eduardo Brazão ter recusado o mesmo papel. António Pinheiro, professor de teatro na Escola da Arte de Representar e aqui também no seu primeiro papel para a Invicta, orgulhou-se mais tarde de ter sido confundido com um verdadeiro lavrador durante a rodagem do filme.

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