CICLO
A Cinemateca com o Queer Lisboa: Gus Van Sant


Em nova colaboração com o festival Queer Lisboa, cuja 25ª edição decorre em várias salas da capital e de Cascais entre 17 e 25 de setembro, a Cinemateca organiza um pequeno ciclo dedicado ao realizador Gus Van Sant, que assim regressa à Cinemateca depois de, em 1995, aqui ter apresentado uma sessão com as suas primeiras curtas-metragens.
Nome maior do cinema americano contemporâneo, Van Sant (Louisville, Kentucky, EUA, 1952) é um dos raros cineastas capazes de trabalhar alternadamente no cinema independente e no cinema mainstream ou de assinar obras encomendadas para outros contextos de exibição que não o da sala de cinema (os títulos escolhidos para este Ciclo dão conta desse carácter multifacetado da sua filmografia). Van Sant chegou ao cinema através das artes plásticas, e é aí que se encontra a fonte da surpreendente riqueza das suas ideias visuais, que se manifestam de maneira marcante em filmes como MALA NOCHE, MY OWN PRIVATE IDAHO ou GERRY. Como as influências mais fortes do seu período de formação, ele aponta “os cineastas experimentais dos anos sessenta que também eram pintores” (com Andy Warhol à cabeça, sem que isto excluísse um interesse pelo cinema clássico hollywoodiano, visto porém com um enfoque diferente da cinefilia tradicional. Com temáticas recorrentes como a homossexualidade e as subculturas americanas, a sua obra é considerada essencial para o cinema independente norte-americano do último quarto do século e tem entre as suas melhores características, que vêm da sua formação como artista plástico, refinamento e nitidez visual, narrativa não linear e uma certa tendência para a abstração (de que ELEPHANT será eventualmente o exemplo mais apurado).
Para além de uma seleção dos seus filmes, feita pelo próprio realizador, o programa inclui (também escolhido por Van Sant), CHELSEA GIRLS de Andy Warhol, que reclama com uma das suas principais influências e o principal motivo da sua presença em Lisboa neste mês de setembro. 
A convite da bienal BoCA, Van Sant apresenta no Teatro Nacional D. Maria II a encenação da sua peça de teatro Andy sobre a vida do artista americano. Na Cinemateca, Gus Van Sant marcará presença nas sessões de ELEPHANT e de MALA NOCHE.
 
 
24/09/2021, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo A Cinemateca com o Queer Lisboa: Gus Van Sant

Mala Noche
de Gus Van Sant
Estados Unidos, 1985 - 75 min
 
25/09/2021, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo A Cinemateca com o Queer Lisboa: Gus Van Sant

Ouverture of Something that Never Ended
de Gus Van Sant, Alessandro Michele
Itália, 2020 - 82 min
24/09/2021, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Queer Lisboa: Gus Van Sant
Mala Noche
de Gus Van Sant
com Tim Streeter, Doug Cooeyte, Ray Mongee
Estados Unidos, 1985 - 75 min
legendado em português | M/16
Devido à instabilidade meteorológica prevista para hoje, a sessão foi transferida da Esplanada para a Sala M. Félix Ribeiro

com a presença de Gus Van Sant
Gus Van Sant, um mais relevantes nomes do cinema independente de hoje, que conquistou fama com DRUGSTORE COWBOY e A CAMINHO DE IDAHO, revelou-se em 1985 com MALA NOCHE. É um filme onde o preto e branco da fotografia evoca o melhor filme “negro” dos anos quarenta, e que relata a história de amor entre dois homens na cidade de Portland, um deles emigrante clandestino. Rever hoje MALA NOCHE, permite-nos olhar para a obra de Van Sant a partir das suas origens.

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25/09/2021, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Queer Lisboa: Gus Van Sant
Ouverture of Something that Never Ended
de Gus Van Sant, Alessandro Michele
com Silvia Calderoni, Paul B. Preciado, Arlo Parks, Harry Styles, Billie Eilish, Florence Welch
Itália, 2020 - 82 min
legendado em português | M/16
Rodado em Roma, OUVERTURE OF SOMETHING THAT NEVER ENDED nasceu como uma minissérie em sete partes para responder a uma encomenda da Gucci a Van Sant para promover a nova coleção da marca de alta-costura. A história ficciona um dia na vida da performer Silvia Calderoni e inclui participações especiais de “embaixadores” da marca Gucci como Harry Styles ou Billie Eilish. Primeira apresentação na Cinemateca.

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