CICLO
Sessão de Antecipação Doclisboa’21


Como habitualmente, a Cinemateca mostra uma sessão que antecipa as retrospetivas que co-organiza com o festival Doclisboa, este ano dedicadas a duas das mais importantes realizadoras do cinema documental europeu. Na sua 19ª edição, o Doclisboa irá apresentar extensas retrospetivas das obras da italiana Cecilia Mangini (desaparecida no início deste ano) e da alemã Ulrike Ottinger a ter lugar na Cinemateca Portuguesa entre 21 e 30 de outubro (no caso de Ottinger, que marcará presença em Lisboa em outubro) a retrospetiva irá dividir-se também pelas outras salas do festival).  Nesta sessão de antecipação serão mostrados os filmes do início dos respetivos trabalhos na realização.  De Cecilia Mangini, mostramos IGNOTI ALLA CITTÀ, LA CANTA DELLE MARANE e STENDALÌ (feitos com a colaboração de Pier Paolo Pasolini no texto) e de Ulkrike Ottinger a média metragem LAOKOON UND SÖHNE.
 
 
06/08/2021, 20h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Sessão de Antecipação Doclisboa’21

Ignoti Alla Città | La Canta Delle Marane | Stendalì (Suonano Ancora) | Laokoon & Söhne
Duração total da sessão: 80 min
 
06/08/2021, 20h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Sessão de Antecipação Doclisboa’21
Ignoti Alla Città | La Canta Delle Marane | Stendalì (Suonano Ancora) | Laokoon & Söhne
Duração total da sessão: 80 min
legendados em português | M/12
IGNOTI ALLA CITTÀ 
de Cecilia Mangini
Itália, 1958 – 11 min

LA CANTA DELLE MARANE
de Cecilia Mangini
Itália, 1962 – 10 min

STENDALÌ (SUONANO ANCORA) 
de Cecilia Mangini
Itália, 1960 – 11 min

LAOKOON & SÖHNE
“Laoconte & Filhos”
de Ulrike Ottinger e Tabea Blumenschein
com Tabea Blumenschein, Ulrike Ottinger
Alemanha, 1975 - 48 min

Pasolini é uma grande referência para Cecilia Mangini, tendo contribuído com textos, para a realização de IGNOTI ALLA CITÀ, LA CANTA DELLE MARANE e STENDALÌ. Os dois primeiros filmes mostram os jovens da periferia romana e o seu mundo marginal de uma forma poética.  STENDALÌ é um documentário único sobre os cantos fúnebres tradicionais em Griko, língua antiga de Salento.  LAOKON & SÖHNE é o primeiro trabalho cinematográfico de Ulrike Ottinger, que já tinha então uma vasta experiência como fotógrafa e animadora de um cineclube. Foi aqui que começou o itinerário de uma das mais importantes cineastas alemãs da sua geração (a que pertencem Fassbinder, Wenders, Schroeter), que nos anos 70 faria renascer o cinema de autor alemão, dez anos depois das “novas vagas” terem alterado o cinema pelo mundo fora. Mas, contrariamente a outros companheiros de ge­ração, que foram integrados no sistema de distribuição do cinema de autor e muitas vezes passaram ao cinema mais abertamente comercial, Ottinger permaneceu fiel à sua atitude inicial e jamais quis passar para o outro lado, tendo assinado uma obra vasta e variada, dividida entre a ficção pouco ortodoxa e o documentário. Ottinger não quis sequer fazer “cinema de arte" e sim arte através do cinema, em filmes, como este, que são festas dos sentidos, encenadas com magnífica sensibilidade, jogos das ideias e do intelecto.
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