CICLO
Sessão de Antecipação Doclisboa’20


Como habitualmente, a Cinemateca mostra na Esplanada uma sessão que antecipa a retrospetiva que co-organiza com o festival Doclisboa, este ano dedicada ao cinema da Geórgia. Na sua 18ª edição, o Doclisboa irá apresentar uma retrospetiva dedicada ao cinema georgiano, mapeando a sua produção desde os anos 20 até à actualidade. A ter lugar na Cinemateca Portuguesa entre 21 e 31 de Outubro, a retrospetiva explorará a variedade e complexidade do cinema deste país, criando uma relação entre o passado e o presente, construindo um mosaico temporal desde o cinema mudo inicial até ao novo fôlego de produção dos anos 2010. Nesta sessão de antecipação a decorrer na Esplanada serão mostrados dois filmes do período soviético, concretamente a curta KOLGA (Mikhail Kobakhidze), marcada pela influência da nouvelle vague, e o célebre O SOL DE SVANÉCIA, de Mikhail Kalatozov.
 
16/09/2020, 21h30 | Esplanada
Ciclo Sessão de Antecipação Doclisboa’20

Kolga | Marili Svanets
duração total da sessão: 79 minutos
 
16/09/2020, 21h30 | Esplanada
Sessão de Antecipação Doclisboa’20
Kolga | Marili Svanets
duração total da sessão: 79 minutos
M/12
KOLGA
“O Chapéu de Chuva”
de Mikhail Kobakhidze
com Guia Avalichvili, Djana Petraitite, Ramaz Guiorgobiani
URSS, 1966 - 19 min / sem diálogos
 
MARILI SVANETS
“O Sal de Svanécia"
de Mikhail Kalatozov
URSS, 1930 - 60 min / mudo, intertítulos russos legendados em português
 
Mikhail Kalatozov nasceu alguns anos depois da grande geração do cinema mudo soviético e realizou o seu filme mais célebre em 1957: QUANDO PASSAM AS CEGONHAS, que obteve a Palma de Ouro em Cannes e foi um êxito internacional. O delirante SOY CUBA, de 1964, adquiriu um tardio estatuto de filme de culto. MARILI SVANETS, o primeiro filme importante de Kalatozov, é um belo documentário de propaganda sobre o trabalho na União Soviética depois da Revolução, insistindo na modernização trazida pela revolução. O filme é mudo e ainda ecoa o otimismo que marcou as artes na URSS nos anos vinte. A abrir a sessão, o mais raro KOLGA, curta dos anos 1960 que combina o espírito do burlesco com a influência da nouvelle vague. Um funcionário dos caminhos de ferro e a sua amada vivem harmoniosamente junto à linha do comboio. Um chapéu de chuva voador vem desestabilizar a vida do casal. Ambos os filmes são apresentados em cópias digitais restauradas, tendo KOLGA a sua primeira exibição na Cinemateca.

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