07/05/2016, 15h00 | Salão Foz
Cinemateca Júnior
The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn
As Aventuras de Tintin: O Segredo do Unicórnio
de Steven Spielberg
Estados Unidos, 2011 - 107 min
legendado em português | M/6

Com realização de Steven Spielberg e produção de Peter Jackson, o filme adapta a mais carismática personagem de B.D. criada, em 1929, por Hergé, Tintin. O argumento baseia-se em três livros das aventuras do jovem repórter, O Caranguejo das Tenazes de Ouro, O Segredo do Licorne e O Tesouro de Rackham, o Terrível: ao comprar uma réplica de um famoso galeão, Tintin torna-se alvo de terríveis perseguições, pois, sem o saber, adquiriu um objeto que possui as pistas necessárias para a localização do tesouro do conhecido pirata “Rackham, O Terrivel”. Com a ajuda da fiel Milou, do irascível capitão Haddock e dos famosos Dupond e Dupont, acaba por resolver todos os mistérios.

07/05/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Double Bill
Psycho | Dressed to Kill
duração total da projeção: 201 min | M/16
entre a projeção dos dois filmes há um intervalo de 30 minutos

PSYCHO
Psico
de Gus Van Sant
com Vince Vaughn, Anne Heche, Julianne Moore
Estados Unidos, 1998 – 98 min / legendado eletronicamente em português
DRESSED TO KILL
Vestida para Matar
de Brian De Palma
com Michael Caine, Angie Dickinson, Nancy Allen, Keith Gordon
Estados Unidos, 1980 – 104 min / legendado em português

Ao fazer PSYCHO, Gus Van Sant precisou que não se tratava de um “remake” e sim de uma reprodução ou duplicação do original, algo como a cópia moderna de uma pintura clássica. Considerando o filme de Hitchcock como um palimpsesto, ao invés de refazer o argumento original, Gus Van Sant ilustrou uma outra proposta: refazer a mise en scène, a realização. A sucessão de planos é quase exatamente a mesma e um professor americano deu-se ao trabalho de contar 101 diferenças relativamente ao original, quase todas ínfimas, algumas substanciais. Seja como for, este filme ultracalculado é tudo menos um “remake” no sentido tradicional e como observou Armelle Leturcq “todos os objetos, cenários, roupas, parecem flutuar numa temporalidade que se estende por 40 anos, entre o original e o ‘remake’. Tudo flutua e ver este filme é fazer uma experiência de memória”. O cartaz original de DRESSED TO KILL diz: “Brian De Palma convida-o para um desfile da última moda – para os homicídios”. O ponto de partida do filme é o brutal homicídio de uma mulher de meia-idade por uma misteriosa loura, que sai em busca de uma prostituta que fora a única testemunha do crime. DRESSED TO KILL é um filme repleto de citações hitchcockianas, como a cena do duche de PSYCHO e a do museu de VERTIGO. O filme transpõe com muito talento o “ambiente” narrativo hitchcockiano, atualizando-o para o período da rodagem. DRESSED TO KILL foi pessimamente recebido pela crítica, mas defendido por um eminente conhecedor de Hitchcock, Jean Douchet, que declarou numa entrevista: “Fiquei intrigado com as críticas. De Palma é um cineasta apaixonante, pela sua maneira de trabalhar sobre um plano de Hitchcock, do mesmo modo que Hitchcock trabalhava sobre um plano de Lang. E De Palma sabe perfeitamente bem que a imagem não é mais virgem e nisso ele é um cineasta resolutamente moderno”.
 

07/05/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
Moving Cinema

Em colaboração com Os Filhos de Lumière
Conte d’Été
Conto de Verão
de Eric Rohmer
com Melvil Poupaud, Amanda Langlet, Aurélia Nolin
França, 1996 - 114 min
legendado em português | M/12
sessão acompanhada pelo Cineclube das Gaivotas e seguida de debate

Nos dez anos que vão de O RAIO VERDE a CONTO DE VERÃO, Rohmer interessou-se por personagens cada vez mais jovens e, por conseguinte, indefinidas. O contexto narrativo de CONTE D’ÉTÉ, um dos “Contos das Quatro Estações”, é próximo do de PAULINE À LA PLAGE: as personagens não recapitulam o que se passou, como nos “Contos Morais”, nem têm teorias literárias sobre a vida, como nas “Comédias e Provérbios”. Não dominam os acontecimentos, deixam-se levar. Neste caso, trata-se de um rapaz em férias, em permanente hesitação entre três raparigas, com quem marca encontros simultâneos. Filme do calor e da juventude, CONTO DE VERÃO guarda a ligeireza da estação e o rasto da comédia burlesca.

07/05/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Outro Lado de Bob Dylan
Pat Garrett and Billy the Kid
Duelo na Poeira
de Sam Peckinpah
com James Coburn, Kris Kristofferson, Richard Jaecek, Katy Jurado, Chill Wills, Bob Dylan, Rita Coolidge, Jack Elam
Estados Unidos, 1973 - 122 min
legendado em espanhol | M/12

Um filme emblemático dos anos setenta americanos, e da relação estabelecida nesses anos com as mitologias da América (e já agora, defendem muitos, o melhor filme de Peckinpah). Revisão da lenda de Billy the Kid, e da perseguição que lhe é movida pelo seu ex-amigo Pat Garrett, é também uma reflexão, “crepuscular” como se costuma dizer, sobre o tempo em que os valores deram lugar aos interesses e o pragmatismo ofuscou o idealismo. Peckinpah detestou a montagem original (feita pelo estúdio). Foi o primeiro papel de ator de Bob Dylan, que também assinou as canções da banda musical – entre as quais se conta Knocking on Heaven’s Door, plena de propriedades “crepusculares” que fazem corpo perfeito com o filme.