26/04/2025, 15h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Filmschool

modos de ver, atuar e prosseguir
Sessão Filmschool
LÚCIA E CONCEIÇÃO
(série da RTP “Ver e Pensar”)
de Fernando Matos Silva / Cinequipa
Portugal, 1974 - 30 min

ESTÁTUAS DE PORTUGAL
de Ferreira de Castro
Portugal, 1931 - 21 min / mudo

Duração total da projeção: 51 min | M/12
LUCIA E CONCEIÇÃO é um episódio sobre o trabalho de crianças e jovens nas plantações de chá da ilha de São Miguel, duma série originalmente emitida entre 1974 e 1976, sobre temas sociais, políticos, históricos e culturais, com uma abordagem vocacionada para o público juvenil. Já ESTÁTUAS DE PORTUGAL é um filme promocional, em estilo vanguardista, do concurso "Estátuas de Portugal", organizado pelo jornal O Século. A realização coube ao escritor, e então redator d’O Século, Ferreira de Castro.
Quarta e última sessão oficial do programa de literacia fílmica FILMSCHOOL para futuros programadores e mediadores culturais e para quem gosta de viajar com o olhar e estabelecer pontes entre filmes. Dois filmes muito diferentes num diálogo de contrastes. Cinema militante do pós-25 de Abril e cinema promocional mudo em registo fantasista, acompanhado ao vivo pela Big Band da Escola Profissional da Metropolitana. Apresentação e conversa mediada pelos alunos do Instituto para o Desenvolvimento Social.

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consulte a FOLHA de ESTÁTUAS de PORTUGAL aqui
26/04/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Portugal 1974 - Um sítio que não existe, um tempo que verdadeiramente existiu
Outro País | Entrevista a Robert Kramer
Conversa com Sérgio Tréfaut no final da projeção
OUTRO PAÍS
de Sérgio Tréfaut
Portugal, 1999 – 70 min / legendado em português

ENTREVISTA A ROBERT KRAMER
de Sérgio Tréfaut
Portugal, 2015 – 35 min / legendado eletronicamente em português

duração total da projeção: 105 min | M/12

Em 1974-75, alguns dos maiores fotógrafos, jornalistas, cineastas vindos do Maio de 68, do Vietname, do Chile, desembarcaram em Portugal para recolher imagens, atraídos pelo “laboratório experimental” da Revolução Portuguesa. Glauber Rocha, Robert Kramer, Thomas Harlan, Pea Holmquist, Santiago Álvarez, Sebastião Salgado, Guy Le Querrec, Dominique Issermann, Jean Gaumy são alguns deles. Sérgio Tréfaut filmou-os na sua primeira longa-metragem, propondo uma nova perspetiva sobre as imagens de Abril tornadas arquivo de uma história que permanecia viva nos seus protagonistas. Em 2015, voltou aos brutos de OUTRO PAÍS e autonomizou a ENTREVISTA COM ROBERT KRAMER: esse depoimento de Kramer (1939-1999) foi a última entrevista filmada do cineasta norte-americano, que aí revela a sua militância política, a sua história com os movimentos revolucionários e a sua relação com Portugal. A apresentar em cópias digitais.

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consulte a FOLHA de ENTREVISTA A ROBERT KRAMER aqui
 
26/04/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte III)
The Scarlet Hour
Garras de Mulher
de Michael Curtiz
com Carol Omhart, Tom Tryon, James Gregory, Nat King Cole
Estados Unidos, 1956 - 95 min
legendado eletronicamente em português | M/12
THE SCARLET HOUR é um magistral filme criminal, cuja trama narrativa tem paralelos com a de DOUBLE INDEMNITY de Billy Wilder, como assinalou o trailer de apresentação do filme à época. O filme lançou dois novos atores, Carol Omhart e Tom Tryon, que embora tenham excelentes desempenhos não tiveram a carreira que se esperava. Um homem é manipulado pela ambiciosa amante, que o convence a participar no assalto a uma joalharia que o seu marido está a organizar, para fugirem com o fruto do roubo, mas a situação complica-se. O crítico Michael Winner definiu o argumento como “uma esplêndida mistura de homicídio, roubo, violência e segredo”. Nat King Cole faz uma aparição, cantando Let me Go. Um filme a redescobrir. Primeira exibição na Cinemateca. A apresentar em cópia digital.

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26/04/2025, 22h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Portugal 1974 - Um sítio que não existe, um tempo que verdadeiramente existiu
Scenes from the class struggle in Portugal
de Robert Kramer, Philip Spinelli
Estados Unidos, Portugal, 1976-78 - 96 min
versão em inglês legendado em português | M/12
A “luta de classes” em Portugal é mostrada em imagens captadas entre abril de 1974 e novembro de 1976 e orientadas por um comentário em off, com um prólogo e um epílogo acrescentados em 1978. Kramer considerou este filme como o ponto final do seu período americano. Com o passar dos anos, adquiriu perfeita consciência de que se tratava de uma obra datada, mas nunca a renegou e assim se manifestou numa carta de 1995: “Fico feliz por mostrarem este filme, pois tantos anos depois, é como dar notícias de um sítio que não existe, informações sobre um tempo que verdadeiramente existiu.” À época em Portugal, houve quem pensasse em ressuscitar a censura para proibir o filme. A Cinemateca preservou-o, em 2004, salvaguardando a existência da obra, agora digitalizada em alta-definição (formato em que é apresentado).

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