11/03/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
História da educação sentimental de um jovem burguês de Parma, enredado num envolvimento sentimental incestuoso com a tia e numa relação complexa com o seu mentor intelectual, um pensador marxista. Um filme ao mesmo tempo confessional e intelectual, magnificamente realizado, talvez a obra-prima do realizador, então com 24 anos. Susan Sontag cita o filme de Bertolucci no seu famoso texto
The Decay of Cinema, em particular um diálogo entre esse jovem confuso e o amigo, que proclama: “Não se pode viver sem Rossellini!” A frase soa datada a Sontag, que lamenta, nesse texto, a morte de uma certa forma – por ela bem conhecida, desde os seus anos de estudante parisiense, nos idos anos 50 – de nos relacionarmos com o cinema. Adriana Asti, encarnando a tia do protagonista, reedita aspetos – os mais cruéis – dessa sua personagem na obra de estreia de Sontag na realização, DUETT FÖR KANNIBALER.
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