06/09/2021, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Sarah Maldoror, a Poesia da Imagem Resistente

A Cinemateca com o Indielisboa
Un Senégalais en Normandie | Léon G. Damas | Eia Pour Césaire
duração total da projeção: 96 min | M/12
UN SENÉGALAIS EN NORMANDIE
França, 1986 – 13 min / legendado eletronicamente em português
LÉON G. DAMAS
França, Guiana Francesa, 1994 – 25 min / legendado em inglês e eletronicamente em português
EIA POUR CÉSAIRE
França, Martinica, 2009 – 58 min / legendado eletronicamente em português
de Sarah Maldoror
 
Cruzam-se neste programa os três grandes poetas da Negritude: Aimé Césaire, Léopold Sédar Senghor e Léon G. Damas. Em UN SENÉGALAIS EN NORMANDIE, o poeta senegalês Léopold Sédar Senghor é evocado através dos testemunhos dos que o conheceram, dos seus poemas e das suas palavras sobre a vida e obra. LÉON G. DAMAS é um documentário sobre o escritor que, segundo o poeta e antigo presidente da República do Senegal, Léopold Sédar Senghor, foi o primeiro a “viver a Negritude”. Ou como tão bem caracteriza Césaire, “Não era um teórico, não olhava a Negritude de um ponto de vista etnográfico” (...) Ele vivia a Negritude.” Maldoror realiza uma excelente introdução à sua poesia ao aproximá-la da poesia afro-americana, muito influenciada pelo jazz e pelo blues, uma poesia espontânea feita de ritmos e repetições. Realizado já depois da morte de Aimé Césaire, em EIA POUR CÉSAIRE Maldoror visita os sítios onde viveu e regressa aos filmes anteriores sobre o escritor, que usa como arquivos para lhe realizar uma justa homenagem. Às imagens recuperadas de filmes anteriores juntam-se ainda outras imagens de arquivo e muito particularmente a música Eia pour Césaire de Denise Ducart. Primeiras exibições na Cinemateca.

consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui
06/09/2021, 18h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Salvar a Cinemateca Brasileira!
O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro / Antonio das Mortes
de Glauber Rocha
com Maurício do Valle, Odete Lara, Lorival Pariz, Antonio Piranga
Brasil, 1969 - 95 min
sessão com apresentação
Mais conhecida como ANTONIO DAS MORTES, esta primeira longa-metragem a cores de Glauber Rocha amplia o universo de DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL, com uma mise-en-scène que tem alguns pontos em comum com o western spaghetti. O filme aproxima certos mitos populares brasileiros e a alegoria política. O protagonista, Antonio das Mortes, assassino por contrato a serviço dos poderosos, já surgira em DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL. Mas desta feita acaba por se voltar contra eles e massacra os representantes da ordem estabelecida. “ANTONIO DAS MORTES é o meu ALEXANDRE NEVSKI, é o ALEXANDRE NEVSKI do sertão, a ópera global inspirada pelas lições de Eisenstein” (Glauber Rocha).

consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui
 
06/09/2021, 21h30 | Esplanada
Sarah Maldoror, a Poesia da Imagem Resistente

A Cinemateca com o Indielisboa
Curtas-metragens de Sarah Maldoror
duração total da projeção: 62 min | M/12
ANA MERCEDES HOYOS
França, Colômbia, 2008 – 13 min / legendados eletronicamente em português
LA TRIBU DU BOIS DE L’É
Reunião, 1997 – 12 min / legendados eletronicamente em português
MIRÓ
França, 1979 – 5 min / legendados eletronicamente em português
WIFREDO LAM
França, 1980 – 4 min / legendados eletronicamente em português
ALBERTO CARLISKY
França, 1980 – 4 min
VLADY
França, México, 1989 – 24 min / legendados eletronicamente em português
de Sarah Maldoror
 
Uma sessão dedicada aos vários retratos de artistas plásticos que Sarah Maldoror produziu ao longo da sua vida para diferentes contextos que, vistos no seu conjunto, revelam inúmeras afinidades. ANA MERCEDES HOYOS, um dos últimos filmes realizados por Maldoror, aborda as raízes africanas da cultura colombiana na sua relação com a escravatura, questões que estão bem expressas na obra da artista. Em LA TRIBU DU BOIS DE L’É, uma exposição de Alain Séraphine, na sua alusão à exploração e escravatura associada à cultura da cana do açúcar, dá o mote a um documentário que nos revela as rotas e os caminhos dos escravos, em contraste com o poema sobre a liberdade que dá o título ao filme. MIRÓ, WIFREDO LAM e ALBERTO CARLISKY são três curtas reportagens realizadas para a série “Aujourd’hui en France” a propósito da obra destes artistas. A primeira reporta a uma exposição de Joan Miró na Fundação Maeght, no sul de França, a segunda parte de uma exposição de Lam em Paris e revela como o pintor e escultor deu a conhecer a cultura afro-cubana na Europa, envolvendo a terceira uma entrevista com o escultor argentino Alberto Carlisky. A sessão termina com um retrato do pintor Vladimir Kibalchich Rusakov, que acompanhou o seu pai, o escritor Victor Serge, no exílio mexicano. Vlady evoca os frescos que pintou durante oito anos nas paredes da Capela San Felipe Neri, no México, que convocam a história de várias revoluções e que dedica a todos os bolcheviques condenados pelo estalinismo. Primeiras exibições na Cinemateca.

consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui