CICLO
FILMar


Em 2023 o FILMar entra nos últimos 16 meses da sua missão de identificação, digitalização, mediação e programação do património fílmico relacionado com o mar, e em depósito no Arquivo Nacional das Imagens em Movimento. Quando passa mais um aniversário da assinatura do protocolo com o programa EEAGrants, celebramos as experiências partilhadas com o parceiro norueguês Norsk Film Institutt numa sessão de balanço e celebração do muito que já descobrimos, revimos e aprendemos. Porque há mar e mar, há filmes e há FILMar, esta será uma sessão onde lançaremos o que ainda falta fazer nos dezasseis meses que nos levarão até à conclusão do projeto.
 
 
04/02/2023, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo FILMar

Mayana | Fant
duração total da projeção: 117 min | M/12
 
04/02/2023, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
FILMar
Mayana | Fant
duração total da projeção: 117 min | M/12
Sessão seguida de conversa com Hélder Beja, investigador, Kjell Runar Jenseen, programador e coordenador do projeto FILMar no Norsk FilmInstitutt, e Tiago Bartolomeu Costa, coordenador do projeto FILMar, na Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema
MAYANA
de Miguel Spiguel
Portugal, 1966 - 21 min

FANT
“O Vagabundo”
de Tancred Ibsen
com Alfred Maurstad, Sonja Wigert, Guri Stormoen, Oscar Egede-Nissen, Lars Tvinde, Carsten Winger
Noruega, 1937 – 96 min / legendado em inglês e eletronicamente em português

FANT é um dos mais importantes filmes das primeiras décadas do século XX do cinema norueguês e um título a partir do qual podemos, e devemos, olhar para o modo como nos conflitos morais e sociais decorrentes de diferenças de género e económicas se estruturam, de forma muito evidente, dimensões racistas e xenófobas. Exercício de inventividade narrativa, é um filme a partir do qual podemos perceber como a dramaturgia norueguesa se sustentou na dissecação de relações de poder e que, com o tempo, permitiu que com este filme se pudessem perceber raízes históricas para o que volta, agora, a surgir, sem pudor. A história da órfã Josefa que, fugindo do abusivo tio, encontra refúgio numa comunidade cigana, onde se apaixona por Fændrik , é um dos mais lúcidos exemplos de como o cinema pode servir de documento social e de memória histórica. A cópia digitalizada pelo Norsk Film Institutt é ante-estreada na Cinemateca, antes de iniciar uma digressão pela Noruega, a partir de maio.  Em complemento, MAYANA, de Miguel Spiegel, filme realizado em Macau com o apoio da polícia local, foi usado como elemento de afirmação das estratégias de investigação e desmantelamento das redes de tráfico de droga. Mas o filme, na sua ambiguidade estrutural, é também um retrato de uma época onde os conflitos raciais e sociais eram a imagem de um regime que começava a perder a unidade que defendia entre a metrópole e os territórios colonizados. É apresentado em cópia digital, realizada com o apoio do programa EEAGrants.

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