CICLO
Clássicos do Cinema Coreano


Os onze filmes que compõem esta retrospetiva iniciada em janeiro e interrompida a meio desse mês devido ao encerramento da nossa atividade de programação pela pandemia foram realizados entre 1948 e 1993, ou seja, entre a fundação da República da Coreia, com a divisão da península em dois estados antagónicos, nascidos da Guerra Fria, até o início do período de plena democratização. O Ciclo permite-nos vislumbrar o itinerário seguido pelo cinema durante os mais de quarenta anos que medeiam entre a fundação do Estado sul-coreano e o reconhecimento internacional do cinema do país nos anos noventa. Antes do autorismo que caracteriza o cinema dos grandes nomes do cinema sul-coreano contemporâneo, o cinema do país seguiu outros percursos formais, que poderemos descobrir nesta retrospetiva.
 
A retrospetiva foi inaugurada em janeiro com HANYEO/“A CRIADA” (Kim Ki-Young, 1960), grande clássico da produção coreana, da qual é considerado um dos pontos culminantes, tendo sido realizadas nessa altura as duas exibições previstas dos filmes GEOMSA-WA YEOSEONSAENG/“O PROCURADOR E A PROFESSORA”), PIAGOL  e SHIJIBGANEON NAL/“O DIA DO CASAMENTO”.  Retomamos agora o Ciclo no ponto onde tínhamos ficado, com a programação dos restantes filmes inicialmente programados: os dramas OBALTAN/“BALA SEM DESTINO”; SEONG CHUN-HYANG; SARANGBANG SONNIMGWA EOMEONI/“A MÃE E O HÓSPEDE”; YEOLNYEOMUN /“VOTO DE CASTIDADE”), um filme sobre a juventude (CHOU/“CHUVA VERDE”), um drama com fundo de música tradicional coreana (SOPYONJE) e um thriller (CHOIHUI JEUNGIN/“A ÚLTIMA TESTEMUNHA”). Através dos diversos géneros que ilustram, todos são exemplos importantes e de alta qualidade de um vasto continente cinematográfico que permanece pouco conhecido. À exceção de SOPYONJE (apresentado em março de 1999, no primeiro ciclo de cinema coreano programado na Cinemateca) todos os filmes apresentados são inéditos na Cinemateca e serão apresentados em cópias digitais.
 
 
10/05/2021, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Clássicos do Cinema Coreano

Yeolnyeomun
“Voto de Castidade”
de Shin Sang-ok
República da Coreia, 1962 - 100 min
 
11/05/2021, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Clássicos do Cinema Coreano

Sopyonje
“Sopyonje”
de Im Kwon-taek
República da Coreia, 1993 - 113 min
15/05/2021, 17h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Clássicos do Cinema Coreano

Yeolnyeomun
“Voto de Castidade”
de Shin Sang-ok
República da Coreia, 1962 - 100 min
10/05/2021, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano

Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Yeolnyeomun
“Voto de Castidade”
de Shin Sang-ok
com Choi Eun-hee, Shin Young-kyun, Kim Dong-won, Han Eun-jin
República da Coreia, 1962 - 100 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Décima-nona longa-metragem de Shin Sang-ok, YEOLNYEOMUN foi considerado um filme desaparecido durante alguns anos, antes de uma cópia ser encontrada e o filme ser restaurado. Trata-se de um drama situado no campo, num período indefinido, que parece ser o início do século XX. Durante os primeiros quarenta minutos, o filme, a preto e branco e em formato panorâmico, descreve o trabalho nos campos e as relações entre camponeses, antes do drama central se manifestar: uma jovem viúva da classe dominante, tem uma relação com um camponês e engravida. Mas um tabu impõe a castidade às viúvas e o pai da criança é expulso de casa com o bebé. Anos depois, já adulto, o filho da mulher vem à procura dela, mas o tabu da castidade das viúvas impõe-se. Apesar do tema, o filme nada tem de melodramático e conta com excelentes interpretações dos atores principais.

consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui
11/05/2021, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano

Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Sopyonje
“Sopyonje”
de Im Kwon-taek
com Oh Jung-hae, Kim Myung-gon, Kim Kyu-chul
República da Coreia, 1993 - 113 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Nascido em 1936, Im Kwon-taek realizou mais de cem filmes. SOPYONJE foi um gigantesco êxito de bilheteira, atraindo mais de um milhão de espectadores só na área urbana de Seul. O filme conta a história de um grupo de intérpretes de pansori, género musical clássico coreano, com um cantor ou cantora e um percussionista, música que destila um sentimento de tristeza. O grupo sai pelas estradas e é confrontado ao choque entre o velho e o novo, entre a música que interpretam e o mundo contemporâneo. Comparando o filme aos de Chen Kaige, Manuel Cintra Ferreira observou na sua “folha”, quando o filme foi apresentado na Cinemateca, que este, “admiravelmente encenado, procura responder ao desgaste e perda de valores de um país num tempo em que a globalização parece ameaçar e destruir muitas heranças. Mas toda a construção do filme é uma resposta a esta perda de valores”.

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15/05/2021, 17h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano

Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Yeolnyeomun
“Voto de Castidade”
de Shin Sang-ok
com Choi Eun-hee, Shin Young-kyun, Kim Dong-won, Han Eun-jin
República da Coreia, 1962 - 100 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Décima-nona longa-metragem de Shin Sang-ok, YEOLNYEOMUN foi considerado um filme desaparecido durante alguns anos, antes de uma cópia ser encontrada e o filme ser restaurado. Trata-se de um drama situado no campo, num período indefinido, que parece ser o início do século XX. Durante os primeiros quarenta minutos, o filme, a preto e branco e em formato panorâmico, descreve o trabalho nos campos e as relações entre camponeses, antes do drama central se manifestar: uma jovem viúva da classe dominante, tem uma relação com um camponês e engravida. Mas um tabu impõe a castidade às viúvas e o pai da criança é expulso de casa com o bebé. Anos depois, já adulto, o filho da mulher vem à procura dela, mas o tabu da castidade das viúvas impõe-se. Apesar do tema, o filme nada tem de melodramático e conta com excelentes interpretações dos atores principais.

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