William E. Jones: a arte de subverter imagens de arquivo
Em setembro a Cinemateca vai aprofundar a arte de subverter as imagens de arquivo com uma retrospetiva dedicada a William E. Jones, realizador norte-americano cujo trabalho se tem centrado na utilização de materiais found footage para abordar inúmeras temáticas, desde o declínio do Midwest dos EUA à representação da homossexualidade masculina em universos tão distintos como a pornografia da Europa de Leste ou imagens de vigilância policial.
Organizada em colaboração com o Queer Lisboa, a retrospetiva foca um vasto corpo de trabalho desenvolvido ao longo das últimas três décadas, em que William E. Jones se tem dedicado a apresentar novas interpretações sobre episódios e questões sociopolíticas da História recente a partir de imagens respigadas da Internet, fotografias tiradas de revistas e livros, entre outros materiais de arquivo.
Na sua filmografia encontramos obras tão diversas como um documentário sobre fãs de Morrissey, ensaios autobiográficos, filmes criados com imagens de aquivo das forças policiais norte-americanas ou experiências com imagens militares feitas durante o período da Guerra Fria.
A acompanhar a retrospetiva que lhe é dedicada, William E. Jones, que colaborou ativamente com a Cinemateca e o Queer Lisboa no desenho deste programa, propõe também uma carta branca numa sessão de curtas que espelham os seus gostos e influências.