Alguns dos títulos favoritos de Frank T. Thompson passam já na primeira parte desta retrospetiva, nomeadamente
THE PUBLIC ENEMY (no dia 5, às 19h30, repetindo no dia 15, às 17h30), clássico com James Cagney que ajudou a estabelecer a personalidade do gangster nos filmes dos anos 1930;
THE MAN I LOVE (a ver no dia 6, às 19h30, e no dia 20, às 21h30), “talkie” de Wellman protagonizado por um pugilista interpretado por Richard Arlen e que “[c]ontém a totalidade das marcas características que definem o resto da sua carreira” (Thompson) ou ainda
NIGHT NURSE (em passagem no dia 7, às 15h30, e no dia 18, às 21h30), transbordante “pre-Code” que ajudou a lançar Barbara Stanwyck, com quem Wellman realiza uma mão cheia de obras.
A grande capacidade de trabalho e a sua mundivisão tolerante e inclusiva explicam o reconhecimento que por ele nutriram atrizes do firmamento de Hollywood tal como a citada Stanwyck, mas também Ida Lupino, Joan Bennett e Janet Gaynor. Dirigiu ainda alguns dos mais emblemáticos atores masculinos do seu tempo, tais como Gary Cooper (lançado em WINGS), Clark Gable e John Wayne. Tentou sempre coisas novas, como disse Eastwood, que Wellman dirigiu no seu último filme, de 1958, enquadrou no formato quadrado, panorâmico e CinemaScope. E filmou muito, por vezes projetos que pouco lhe interessavam, a troco de filmes tão pessoais como o célebre e já mencionado WINGS, mas também o seu último,
LAFAYETTE ESCADRILLE (em passagem no dia 22, às 21h30), que sonhou durante largos anos e que filmou prescindindo do salário, comprometendo-se a realizar dois outros projetos sem reservas, mas cuja finalização adulterada o levou a auto afastar-se do cinema pelos sessenta anos. Como um gato, várias foram as vidas deste cineasta “wild” e múltiplos foram os caminhos que trilhou para se insinuar no panorama da Hollywood clássica.
Mais informações
aqui.