O silencioso Sr. Delon
Um dos ícones máximos do cinema francês e europeu dos anos 1960, Alain Delon marcou inúmeras e variadas gerações de cinéfilos. Dos espectadores de um cinema mais popular aos adeptos do cinema dito de autor, poucos ficaram indiferentes à sua presença felina e magnética, por vezes simplesmente silenciosa, como tão bem soube captar Jean-Pierre Melville, o mais americano dos realizadores franceses, numa das suas obras-primas LE SAMOURAÏ.
No próximo mês de outubro a Cinemateca, em colaboração com a Festa do Cinema Francês, propõe um conjunto de sessões que percorrem as várias facetas do ator que primeiro encarnou a enigmática personagem de Tom Ripley, o mestre do disfarce por excelência criado por Patricia Highsmith. Um percurso que passa pelo encontro com grandes mestres do cinema mundial, de Antonioni a Zurlini, de Godard a Losey, passando por Melville e Visconti, dois dos cineastas que melhor o filmaram.
A retrospetiva Alain Delon, a virtude do silêncio contará com cerca de duas dezenas de títulos para ir ao encontro do misterioso Senhor Delon.
Retrospetiva Alain Delon, a virtude do silêncio:
BORSALINO, Jacques Deray, 1969
GIRL ON A MOTORCYCLE, Jack Cardiff, 1968
IL GATTOPARDO, Luchino Visconti, 1963
LE JOURNAL D’UN COMBAT, Guy Gilles, 1964 + L’AMOUR A LA MER, Guy Gilles, 1964
L’ÉCLISSE, Michelangelo Antonioni, 1962
L’INSOUMIS, Alain Cavalier, 1964
LA PISCINE, Jacques Deray, 1968
LA PRIMA NOTTE DI QUIETE, Valerio Zurlini, 1972
LE CERCLE ROUGE, Jean-Pierre Melville, 1970
LE CLAN DES SICILIENS, Henri Verneuil, 1969
LE JOUR ET LA NUIT, Bernard Henri-Lévi, 1996
LE SAMOURAÏ, Jean-Pierre Melville, 1967
MELODIE EN SOUS-SOL, Henri Verneuil, 1962
MONSIEUR KLEIN, Joseph Losey, 1976
LE MUSEE DU CINEMA, Henri Langlois, Jacques Richard, 1998 + NOUVELLE VAGUE, Jean-Luc Godard, 1990
PLEIN SOLEIL, René Clément, 1960
POUR LA PEAU D’UN FLIC, Alain Delon, 1981
QUAND LA FEMME S'EN MELE, Yves Allégret, 1957
ROCCO E I SUOI FRATELLI, Luchino Visconti, 1960
TEXAS ACROSS THE RIVER, Michael Gordon, 1966