No contexto da Festa do Cinema Francês, com a qual a Cinemateca mais uma vez colabora, Anouk Aimée vai estar em Lisboa a 7 de Outubro no início da retrospectiva que lhe é dedicada e que abre com “Lola”, a obra de estreia de Jacques Demy, de quem igualmente se verá “Model Shop”. O Ciclo decorre até ao final do mês, composto por dezasseis títulos que incluem ainda filmes de Astruc, Becker, Franju, Altman, Lelouch, Fellini, André Delvaux, Bellocchio, Cukor, Skolimowski, Bertolucci, Duvivier e Marceline Loridan, dando prova da versatilidade e riqueza da filmografia de uma das mais brilhantes actrizes do cinema moderno francês.
A retrospectiva dedicada a Jean Rouch, organizada em colaboração com o festival DocLisboa, tem início a 24 de Outubro e prolongar-se-á em Novembro, cumprindo o projecto de trazer a Portugal uma mostra expressiva do cinema do realizador francês, representativos da corrente etnográfica do seu cinema, obras emblemáticas do “cinéma vérité” e raridades da sua obra. Em Outubro, na Cinemateca, ver-se-ão as curtas-metragens “Circoncision”, “Médecines et Médecins”, “Monsieur Albert, Prophète”, “Damouré Parle du Sida”, “Moro Naba”, “L’Enterrement du Hogon”, “Pam Kuso Kar: Briser les Poteries de Pam”, “Un Lion Nommé l’Américain”, “Gare du Nord”, “VW Voyou” e as longas “La Chasse au Lion à l’Arc”, “La Punition ou les Mauvaises Rencontres” e “Chronique d’un Été”, co-realizado em 1961 com Edgar Morin.
O mês abre, musical, clássico e americano, com Ginger Rogers, num Ciclo composto por doze títulos que se estende ao longo do mês, apresentando, entre outros, os seus filmes em dupla com Fred Astaire e as comédias em que contracenou com Cary Grant dirigida por McCarey e Hawks. Nos dias 3 e 6, evocando Gualtiero Jacopetti e a sua criação do “shockumentary”, vão ser mostrados dois filmes italianos dos anos 1960 hoje pouco vistos, “Mundo Cão” e “Mundo Mulher”, A 17 e 18, em colaboração com a APORDOC, estão programadas duas sessões que reflectem a relação do documentário com as imagens de arquivo: “Mike Brant – Laisse Moi T’Aimer”, de Erez Laufer, e “Assassinat d’Un Modiste” de Catherine Bernstein.