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Assunto: Programação
Data: 26/09/2011
O cinema alemão dos anos 20, Murnau, as obras de Anouk Aimée e de Jean Rouch são propostas de Outubro
O cinema alemão dos anos 20, Murnau, as obras de Anouk Aimée e de Jean Rouch são propostas de Outubro

O mês de Outubro começa na Cinemateca pelo signo do cinema alemão dos anos 20, em rima com uma semana “Berriatúa / Murnau”, e dá destaque a duas retrospectivas consagradas à actriz francesa Anouk Aimée, que vai estar em Lisboa na abertura do Ciclo, e à obra de Jean Rouch, nome central do cinema moderno e referência incontornável do cinema documental. Para além destes destaques, e das habituais rubricas regulares, a programação do mês propõe ainda um tributo a Ginger Rogers, uma evocação de Gualtiero Jacopetti, duas sessões “Archidoc” e uma sessão consagrada ao Dia do Património Audiovisual que se assinala a 27.

 

Composto pela apresentação de dezoito títulos, a apresentar entre 4 e 31 de Outubro, “Alemanha, Anos 20” baliza-se entre o filme seminal de 1919 “O Gabinete do Dr. Caligari”, de Robert Wiene, e o filme de Sternberg que revelou Marlene Dietrich em 1930, “O Anjo Azul”. Entre eles, os anos 1920 que o Ciclo evoca para dar a ver criatividade artística do cinema alemão desse período, propõem obras célebres de Pabst, Lang, Paul Wegener, Ruttmann, Leni, Ulmer, Zinnemann e Curt e Robert Siodmak, Lupu Pick, mas propõe também filmes menos conhecidos, como “Varieté” de Edwald A. Dupont, “Os Três da Estação de Serviço” de Wilhelm Thiele, “Sombras” de Arthur Robinson, “O Concerto Real de Sans Souci” de Gustav Ucicky, “O Caminho da Força e da Beleza” de Wilhelm Prager, “A Tragédia da Mina” de Bruno Rahn. O programa incluiu ainda uma sessão de filmes de animação de Walter Ruttman (“Opus 1”), Hans Richter (“Rythmus 23”) e Lotte Reiniger (“As Aventuras do Príncipe Achmed”).

 

O Ciclo “Alemanha, Anos 20” dialoga com a edição do mês da rubrica “Histórias do Cinema” que em Outubro traz a Lisboa o historiador e restaurador de cinema Luciano Berriatúa que vem à Cinemateca apresentar a obra de F.W. Murnau em cinco sessões comentadas onde, entre 10 e 14 de Outubro, se exibirão “Nosferatu”, “O Último dos Homens”, “Fausto”, “Aurora” e “Tabu”.
 

No contexto da Festa do Cinema Francês, com a qual a Cinemateca mais uma vez colabora, Anouk Aimée vai estar em Lisboa a 7 de Outubro no início da retrospectiva que lhe é dedicada e que abre com “Lola”, a obra de estreia de Jacques Demy, de quem igualmente se verá “Model Shop”. O Ciclo decorre até ao final do mês, composto por dezasseis títulos que incluem ainda filmes de Astruc, Becker, Franju, Altman, Lelouch, Fellini, André Delvaux, Bellocchio, Cukor, Skolimowski, Bertolucci, Duvivier e Marceline Loridan, dando prova da versatilidade e riqueza da filmografia de uma das mais brilhantes actrizes do cinema moderno francês.

 

A retrospectiva dedicada a Jean Rouch, organizada em colaboração com o festival DocLisboa, tem início a 24 de Outubro e prolongar-se-á em Novembro, cumprindo o projecto de trazer a Portugal uma mostra expressiva do cinema do realizador francês, representativos da corrente etnográfica do seu cinema, obras emblemáticas do “cinéma vérité” e raridades da sua obra. Em Outubro, na Cinemateca, ver-se-ão as curtas-metragens “Circoncision”, “Médecines et Médecins”, “Monsieur Albert, Prophète”, “Damouré Parle du Sida”, “Moro Naba”, “L’Enterrement du Hogon”, “Pam Kuso Kar: Briser les Poteries de Pam”, “Un Lion Nommé l’Américain”, “Gare du Nord”, “VW Voyou” e as longas “La Chasse au Lion à l’Arc”, “La Punition ou les Mauvaises Rencontres” e “Chronique d’un Été”, co-realizado em 1961 com Edgar Morin.

 

O mês abre, musical, clássico e americano, com Ginger Rogers, num Ciclo composto por doze títulos que se estende ao longo do mês, apresentando, entre outros, os seus filmes em dupla com Fred Astaire e as comédias em que contracenou com Cary Grant dirigida por McCarey e Hawks. Nos dias 3 e 6, evocando Gualtiero Jacopetti e a sua criação do “shockumentary”, vão ser mostrados dois filmes italianos dos anos 1960 hoje pouco vistos, “Mundo Cão” e “Mundo Mulher”, A 17 e 18, em colaboração com a APORDOC, estão programadas duas sessões que reflectem a relação do documentário com as imagens de arquivo: “Mike Brant – Laisse Moi T’Aimer”, de Erez Laufer, e “Assassinat d’Un Modiste” de Catherine Bernstein.
 

O cinema alemão dos anos 20, Murnau, as obras de Anouk Aimée e de Jean Rouch são propostas de Outubro