Saguenail/Regina Guimarães: Realizadores Convidados será um dos eixos nucleares da programação de junho na Cinemateca, com uma retrospetiva dedicada ao trabalho dos dois realizadores, acompanhada de uma carta branca, em que serão exibidos alguns dos títulos que fazem o seu cinema. Com uma colaboração intensa que dura há já mais cinco décadas e se concentra na casa de produção independente Hélastre, no Porto, a relação dos dois com o cinema (que às vezes se cruza, outras vezes se sobrepõe, e ainda outras se afasta) toma uma forma multifacetada, pelo menos tripla, na criação, na crítica e na programação – todas elas, inseparáveis, dão forma a este programa.
As sessões deste Ciclo, a começar no dia 3 de junho, irão intercalar filmes assinados pelos dois realizadores (a solo ou em duo) com as suas escolhas, propondo relações possíveis entre o seu trabalho, e o dos cineastas que admiram. Os realizadores vão apresentar e acompanhar todas as sessões do programa, que serão assim momentos preciosos para acompanhar ao vivo e discutir a visão e o amor que têm pelo cinema. Será publicada uma monografia sobre o cinema de Saguenail e Regina Guimarães.
O Cinema Novo de Taiwan será outro dos grandes focos do mês. O programa irá mostrar vários títulos menos conhecidos da cinematografia taiwanesa dos anos 1980, considerado um período de renascimento e de grande vitalidade desse cinema no contexto do cinema asiático, juntamente com obras de autores hoje mundialmente reconhecidos como Hou-Hsiao Hsien e Edward Yang. De 5 a 18 de junho, o Ciclo irá exibir um conjunto de nove filmes em versões digitais restauradas pelo Taiwan Film and Audiovisual Institute, as quais fizeram parte do movimento de renovação das formas cinematográficas e que ajudaram a colocar Taiwan no mapa da cinefilia internacional.
Além destes dois destaques, junho marcará, também, o mês de regresso do ciclo “Que Farei Eu com Esta Espada?”, iniciado pela Cinemateca em janeiro passado, e que continuará até dezembro. Ao longo de todo o mês, o programa retoma a divisão nos quatro eixos que o formaram até então – Liberdade, Revolução, Comunidade e Futuro – com um amplo conjunto de títulos que percorrerá, desde as comédias mudas de Chaplin às fantasias contemporâneas de Michel Gondry e David Fincher.
A programação completa da Cinemateca Portuguesa em junho será disponibilizada a partir de 18 de maio.