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Assunto: Programação
Data: 16/11/2023
Dezembro na Cinemateca: quando os Mestres de Hollywood experimentaram o pequeno ecrã
Dezembro na Cinemateca: quando os Mestres de Hollywood experimentaram o pequeno ecrã
Em dezembro o grande ecrã da Cinemateca regressa à obra dos grandes nomes da Hollywood clássica, mas com foco no trabalho que cineastas como Frank Borzage, Allan Dwan, John Ford ou o inigualável mestre do suspense Alfred Hitchcock, entre muitos outros, assinaram para a televisão, o ‘infame’ pequeno ecrã que veio transformar para sempre os modos de produção em Hollywood e se tornou no grande rival do cinema, a quem roubou muitos espectadores. Num tempo em que os gigantes do streaming estão a moldar a forma como consumimos cinema, nada como descobrir como alguns dos autores chave do cinema clássico norte-americano abordaram e se adaptaram àquele meio nas décadas em convulsão para o cinema norte-americano que foram os anos 1950 e 1960. Os filmes a exibir neste Ciclo, organizado em colaboração com o programador convidado Andy Rector, são na sua maioria episódios para séries de televisão como Screen Directors Playhouse, The Twilight Zone ou The Alfred Hitchcock Hour que serão apresentados em rima com títulos marcantes da obra dos realizadores em foco.
 
Os restantes eixos da programação de dezembro da Cinemateca passam pela obra de dois realizadores oriundos de diferentes latitudes, situadas bem longe da Meca do cinema: o senegalês Djibril Diop Mambéty e o belga Boris Lehman, que estará em Lisboa como realizador convidado.
 
Considerado como uma das personalidades mais fortes e originais a terem surgido em toda a história do cinema africano, que nasce no rescaldo da independência das ex-colónias francesas e britânicas, Djibril Diop Mambéty (1945-98) é um nome incontornável para esta História ainda por fazer. Depois de várias exibições isoladas, a Cinemateca dedica-lhe agora uma retrospetiva integral onde serão apresentados todos os filmes por si assinados, que permitirá oferecer uma visão de conjunto do seu percurso. O Ciclo virá acompanhado por um novo volume da coleção Cadernos da Cinemateca.
 
À quarta vez na Cinemateca, Boris Lehman chega a Lisboa com o estatuto de realizador convidado. Figura bastante original na forma como aborda o cinema, que vê quase como uma questão de vida ou morte (“não filmo mais do que o tempo que me resta para viver”, nas suas próprias palavras), tem uma dimensão auto-performática bastante particular, dentro e fora do ecrã, como terá oportunidade de descobrir quem assistir a todas as sessões deste ciclo, que contarão com a presença de Boris Lehman. Quase todos os filmes projetados são primeiras exibições na Cinemateca, continuação de um percurso infindável pelo cinema de Boris Lehman.
 
Por fim, como tem sido tradição nos últimos anos, dezembro é mês de uma edição especial da rubrica O Que Quero Ver, com um punhado de filmes escolhidos a partir das propostas apresentadas pelos espectadores da Cinemateca.